(Flávio Tavares)
Um inseticida utilizado em arbustos é a nova esperança para salvar os fícus centenários da avenida Bernardo Monteiro, na região Leste de Belo Horizonte, atacados por uma praga conhecida como mosca-branca. Fabricantes da substância, produzida no Sul de país, devem chegar a Belo Horizonte até o fim da semana. Testes serão realizados por técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA).
“São várias frentes de trabalho. Temos nos reunido frequentemente, e as árvores estão sendo monitoradas rotineiramente”, diz a gerente de Gestão Ambiental da SMMA, Márcia Mourão, que evitou dar detalhes sobre o novo inseticida.
Sabe-se que o produto é similar a um veneno usado nos Estados Unidos para dizimar a praga. O emprego da substância norte-americana, porém, é proibido no Brasil pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fungo
Mesmo que a mosca-branca seja atacada, outra ameaça preocupa a SMMA. Alguns fícus estão infestados por um fungo que seca o tronco e deixa os galhos sem folhas. Este problema também não tem solução a curto prazo. Às 14h desta terça-feira (19), haverá reunião na prefeitura para debater o assunto.
Desde a semana passada, a paisagem da avenida Bernardo Monteiro começou a mudar. Galhos de 50 árvores foram podados, descaracterizando o “túnel verde” que se formava no local. A avenida foi interditada durante o Carnaval para que funcionários da Secretaria de Meio Ambiente fizessem o serviço.
Todo o material retirado foi levado para o aterro de Sabará. O transporte foi feito em caminhões cobertos, medida necessária para evitar a propagação da mosca-branca em outros espécimes da cidade.
Segundo Márcia Mourão, a prefeitura deve determinar a incineração dos galhos infestados.