(Rovena Rosa/Agência Brasil)
Primeira vacina contra a Covid-19 aplicada no Brasil, em janeiro, a CoronaVac pode ficar fora da campanha de imunização em 2022. O Ministério da Saúde confirmou a possibilidade de encerrar o uso das doses. Dentre os motivos, a falta de um registro definitivo. A medida, no entanto, foi duramente criticada, sendo apontada por especialistas como um desserviço.
A suspensão foi informada pela própria pasta federal à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado. Segundo o ministério, outro ponto levantado é a “baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos”. O ministro Marcelo Queiroga chegou a dizer que um novo contrato com o Butantan para aquisição de vacinas estava em planejamento. A CPI protocolou um pedido de explicação pela descontinuidade de uso do imunizante.
Membro do membro do Comitê de Enfrentamento à Covid em BH, Unaí Tupinambás criticou a possibilidade. O infectologista reforça que a CoronaVac já se mostrou eficaz. “Vemos dados de vários estudos publicados e próprios dados do Brasil mostrando uma queda de mortalidade naquela população que fez uso dessa vacina”.
A CoronaVac é produzida no país pelo Butantan. Em nota, o instituto informou que a vacina tem a efetividade comprovada em pessoas acima de 80 anos em estudos que estão sendo divulgados frequentemente. “Uma pesquisa realizada com 60,5 milhões de brasileiros vacinados entre janeiro e junho de 2021 mostrou que a CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac, tem uma efetividade superior a 70% para evitar casos graves, internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e mortes causadas por Covid-19, inclusive entre idosos”.
* Com informações de Luiz Agusto Barros e Marina Proton