(Miva Filho/SES-PE/Divulgação)
Mais de 840 mil doses da CoronaVac, entregues a Minas pelo Ministério da Saúde, deixarão de ser aplicadas na população. Os imunizantes deverão ser recolhidos após a interdição cautelar de 25 lotes da vacina no país. Ainda não há informações se haverá reposição.
A medida foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após constatação de que dados apresentados pelo fabricante não comprovam a realização do envase dos frascos em “condições satisfatórias”. Apesar disso, não há motivo para alarde.
Distribuição
Em Minas, há 843.080 doses dos lotes interditados. Desse total, pouco mais de 20 mil foram distribuídas aos municípios, mas apenas 28 foram aplicadas – antes do recolhimento definido ontem, já havia uma decisão pela interdição.
Todas as pessoas que receberam as doses serão monitoradas e acompanhadas por 30 dias para avaliação de possíveis eventos adversos, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Até o momento, não há informações sobre a revacinação do grupo.
Em Belo Horizonte, ninguém tomou a vacina do lote interditado. A capital recebeu 8.920 doses, divididas em dois lotes, mas não houve distribuição aos postos de saúde.
No entanto, apenas uma remessa informada pela PBH aparece na lista citada pelo Estado. O Hoje em Dia procurou a SES no início da noite de ontem, mas não recebeu retorno sobre os questionamentos até o fechamento desta reportagem.
Há riscos?
A interdição dos lotes não é motivo para preocupação, segundo informou o Instituto Butantan. De acordo com o órgão, toda a documentação de qualidade vinda da Sinovac, sobre os lotes citados, foi enviada à Anvisa.
A agência também informou que não há efeito adverso específico identificado neste momento, tratando-se apenas de uma ação pela ausência de dados sobre a produção.
É importante ressaltar, ainda, que a CoronaVac permanece autorizada no país e possui relação benefício-risco favorável ao uso, desde que produzida nos termos aprovados pela agência.