“Quando o inverno chegar...”. A estação do friozinho anunciada pelo saudoso Tim Maia começa nesta sexta-feira (21), às 2h04. Mas, as mudanças do tempo neste novo período não deverão ser bruscas. E, por isso, quem não gosta de frio pode ser animar, já que neste início do inverno as temperaturas devem permanecer amenas. Tanto que em BH, a mínima prevista é de 8ºC e a máxima é de 28ºC, para este fim de semana. Em Minas Gerais, deve fazer 8º em Monte Verde, no Sul de Minas, e até 33º em Montalvânia, e em grande parte da faixa Norte do Estado. “A partir de segunda (24) e terça-feira (25) pode fazer um pouco mais de frio, devido à chegada de uma massa de Ar Polar, mas não deve ser muito acentuada essa mudança. Demora um pouco para o clima sentir as alterações trazidas pelo inverno”, explica Dos Anjos. De acordo com o meteorologista, a temperatura vai ficar acima da média neste início do inverno. “A média esperada para junho é de 13ºC, mas a mínima deve ficar em 16ºC e a máxima em até 28º”, conforme Dos Anjos. Chuvas Para este inverno, a previsão é de que a a ação do fenômeno El Niño traga chuvas dentro da média prevista. De acordo com o meteorologista Arthur Chaves, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), apenas na Zona da Mata, Triângulo Mineiro e Sul do Estado, pode chover um pouco mais do que a média. Segundo ele, isso deve-se à ausência da ação do El Niño e La Niña. Uma frente fria está avançando de São Paulo para Minas Gerais e, com isso, pode chover ainda neste fim de semana no Sul de Minas, em parte do Triângulo e na Zona da Mata. “Na região Central e Grande BH a nebulosidade está aumentando, pode ocorrer pancadas isoladas, mas não há previsão de chuva na capital para este fim de semana”, alerta o meteorologista Heriberto dos Anjos, do Instituto de Meteorologia Tempo/Clima PUC Minas. Tempo seco A falta de chuva devido ao tempo seco pode trazer prejuízos para a saúde como secura na garganta e nos olhos, além de problemas respiratórios. Nas regiões Oeste, Triângulo Mineiro e Norte de Minas, a previsão é de que a umidade relativa do ar fique abaixo dos 20%, principalmente em agosto e setempo. O índice exige atenção, já que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), valores abaixo a 30% caracterizam estado de atenção; de 20% a 12%, estado de alerta; e abaixo de 12%, estado de alerta máximo. O meteorologista Arthur Chaves, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) destaca que são esperados valores de umidade relativa do ar mais altos do que no ano passado. Já no Leste, Zona da Mata e Sul de Minas, a proximidade do oceano contribui para níveis mais confortáveis de umidade relativa do ar. O tempo seco facilita ainda a disseminação de queimadas no final do inverno. Com a ocorrência de temperaturas altas no Norte, Noroeste, Triângulo e Oeste de Minas, espera-se a incidência de queimadas em uma proporção semelhante ao do ano passado.