Vacina é a principal arma contra a doença (Rodrigo Nunes/Fotos Públicas)
Um trabalhador rural de 42 anos foi a primeira vítima de febre amarela em Itabira, na Região Central de Minas. A morte ocorreu no último sábado (27), mas os laudos que confirmaram a causa do óbito só ficaram prontos na quarta-feira (31). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município, o homem não era vacinado.
A vítima morava no bairro Pedreira, porém se recusou a receber a vacina quando equipes de saúde estiveram na região com a campanha de imunização contra a doença. “Ele se negou a tomar a vacina. Foi orientado várias vezes pela agente de saúde, mas segundo relato dela, ele dizia que não precisava tomar", informou a superintendente em Vigilância de Saúde, Thereza Andrade.
Conforme o município, o paciente deu entrada no Hospital Nossa Senhora das Dores, no dia 19 de janeiro, com febre. Foi medicado, ficou em observação e recebeu alta. Após alguns dias, retornou ao hospital e foi internado. O homem entrou no caso de insuficiência renal e, posteriormente, foi encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas não resistiu.
Macacos mortos
A prefeitura informou que dois macacos foram encontrados mortos neste ano na cidade. Um na região do Barro Branco, no dia 13, e outro na portaria da mina Conceição, no dia 18. Todos os dois foram enviados a Belo Horizonte e, depois, reencaminhados à Fundação Educacional de Divinópolis (FUNEDI) para a realização de exames. A previsão do resultado é de 30 dias. Vale lembrar que os primatas não são transmissores das doenças.
Mortes
Em Minas Gerais, o número de mortos em decorrência de febre amarela pode ultrapassar 40. O último levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), na terça-feira (30), contabilizava 36 óbitos. Porém, depois do balanço, pelo menos outras quatro mortes pela doença já foram confirmadas por prefeitura do Estado.
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