Jornalistas que têm acompanhado a Seleção Brasileira ao longo da Copa das Confederações já puderam ver as manifestações em Brasília, Fortaleza e Salvador. No entanto, apesar de terem visto de perto o confronto entre a polícia e os manifestantes naquelas cidades, a apreensão é maior para o que pode ocorrer em Belo Horizonte, cidade que recebe o jogo entre Brasil e Uruguai, às 16 horas desta quarta-feira (26), no Mineirão. No caminho para o Gigante da Pampulha, os jornalistas se assustaram com os tapumes colocados nas lojas ao longo da avenida Antônio Carlos, além de pichações e vidros quebrados em concessionárias na via. O jornalista Fábio de Mello Castanho, do Portal Terra, afirmou que a impressão que dá é que BH se prepara para receber um furacão, devido às proteções que estão sendo colocadas nas empresas. "Estive no meio da pancadaria em Fortaleza, mas assusta um pouco de ver (em Belo Horizonte). É como se estivesse chegando um furacão em Belo Horizonte, por causa dos tapumes. Pelos relatos dos outros manifestos, aqui foi mais forte do que em outros lugares do Brasil. Então, tem aquela expectativa do que pode acontecer em um jogo de visibilidade igual a esse. A polícia tenta demonstrar uma força, falando que o Exército está de prontidão e terão cinco mil homens na rua, até como uma forma de intimidar quem não quer violência. É uma tática para tentar amenizar os novos confrontos. Pelo que vi até aqui, passei na Praça 7 por volta de 11h e o movimento era um pouco menor do que eu esperava. Talvez essa tática funcione e não tenhamos cenas que vimos principalmente no último sábado. Eu, que estava vendo pela televisão, achei assustador", destacou. O repórter Eduardo Mendes, do Diário LANCE!, também demonstrou o mesmo sentimento que seu colega de trabalho. Mendes optou por chegar mais cedo ao Mineirão, por volta de 11h, para evitar trânsito e encontrar a manifestação pelo caminho. "A gente adotou este processo em outros jogos por causa de manifestos em Brasília, Fortaleza e Salvador. Aqui, por estarmos hospedados na Zona Sul, que é mais distante, viemos mais cedo e pegamos o ônibus para evitar ser barrados no bloqueio e ter que vir andando por causa do protesto", declarou Eduardo, que também se assustou com as medidas de precaução em Belo Horizonte, além das cenas de vandalismo na cidade. "(O vandalismo próximo do Mineirão) Assustou. Nas outras cidades teve depredação em praças, vidros quebrados, mas igual BH, na situação que está, de toda proteçao, de tapume... Até na segunda-feira, lá no Hotel Ouro Minas, eles retiraram todas as pedras que estavam no jardim do hotel. Assusta sim", relatou.