Outro tema discutido durante a reunião foi a possibilidade de criação de pontos de apoio a motoristas que rodam pela plataforma para que possam, por exemplo, usar o banheiro (Divulgação)
Uma mulher de 25 anos foi assediada por um motorista do aplicativo de transporte Uber, enquanto voltava para a casa, no bairro Bela Vista, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, na última sexta-feira (9).
Segundo a Polícia Militar, no boletim de ocorrência a jovem conta que estava na casa de uma amiga, chamou um carro pelo celular do namorado e fez a viagem normalmente.
Quando chegaram no destino final, a mulher tirou R$ 50 para pagar a corrida, que tinha ficado em R$ 17, e o motorista alegou não ter troco. Ela então passou o número de telefone e pediu que ele ligasse no outro dia para ir buscar a quantia.
Mas, segundo a vítima, ele disse que não poderia esperar e saiu com o carro, procurando algum lugar para trocar o dinheiro.
Como não havia nenhum estabelecimento aberto, ele então parou o carro na rua de trás da casa da jovem. Disse, conforme consta no boletim de ocorrência, que o namorado dela "era louco de deixá-la sair sozinha numa hora daquelas, porque ela era muito gostosinha" e, que se quisesse, poderia pagar a corrida "de outro jeito".
Nesse momento, ele abriu o zíper da calça, mostrou o órgão sexual e começou a fazer gestos obscenos para a vítima, que conseguiu sair correndo e entrar em casa. Ela contou, ainda, que ele teria gritado que voltaria no dia seguinte e que se a vítima não pagasse, "estaria ferrada".
Motorista também teria enviado várias mensagens para a vítima com conteúdo obsceno e ameaças. A ocorrência está sendo investigada pela Polícia Civil de Contagem.
Procurada pela reportagem, a Uber disse que este tipo de comportamento não é tolerado, que o motorista em questão já foi banido da plataforma e que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, nos termos da lei.
"A Uber repudia qualquer tipo de violência contra mulheres. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher", diz a nota.