Jovem que confessou assassinato de criança pretendia se matar na cadeia

O jovem de 17 anos suspeito de ter matado a garota Kamyla Graziele Santos Vitoriano, de 5 anos, pretendia tirar a própria vida dentro do Presídio de Lavras, no Sul de Minas. A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou agentes penitenciários perceberam que o jovem rasgou um pedaço de cobertor e que poderia tentar suicídio. Os agentes entraram na cela e interviram para que o adolescente não se matasse. O caso ocorreu na última sexta-feira (30), por volta das 22 horas, mas só foi divulgado nesta segunda-feira (3). O adolescente, que ocupava uma cela individual, não chegou a se ferir.   Ele deu entrada no Presídio de Lavras na quinta-feira (29), após ser apreendido e confessar que sequestrou e matou a garota. A Suapi informou que ainda nesta semana o jovem será transferido para uma unidade socioeducativa da Região Metropolitana de Belo Horizonte.   Apreensão   Kamyla Graziele Santos Vitoriano foi sequestrada na porta de sua casa no dia de 16 outubro e encontrada sem vida no dia 22 do mesmo mês. O jovem foi apreendido na manhã desta quinta-feira e durante depoimento, o jovem confessou o crime e também entregou a faca usada para matar a garota.   De acordo com o delegado Emílio de Oliveira e Silva, responsável pelo caso, além de confessar o assassinato, o menor ainda detalhou como matou a criança e escondeu o corpo. “Ele relatou o crime com clareza”, afirma o delegado.   O suspeito que é vizinho dos pais da menina, segundo o titular, tem um sobrinho que sempre brincava com ela. No dia do sumiço da garota, ela teria ido até a casa dele chamar o amigo. Aproveitando que ela estava sozinha, o suspeito teria levado ela para dentro de sua casa. Lá, ele tentou abusar da garota que teria gritado.    Nesse momento, o adolescente acertou uma paulada na cabeça de Kamyla. Desacordada, a menina foi abusada sexualmente. Os exames da perícia constataram sinais de violência sexual e várias perfurações no corpo da criança, feito a faca. O adolescente ficará à disposição da Justiça. Por motivo de segurança o local para onde ele será encaminhado não foi divulgado.   Relembre o caso   O corpo de Kamyla foi encontrado dentro de um saco de ração amarrado com fios, à beira de um córrego na zona rural, na localidade conhecida como Escambui, seis dias depois de ter sido sequestrada. Foi constatado sinais de violência sexual e várias perfurações no corpo da criança, feito a faca.   Uma mulher de 25 anos e seu companheiro de 40 anos chegaram a ser presos. O homem foi liberado por ter apresentado um álibi, que foi confirmado pela polícia.   A mulher negou o crime, mas segundo o delegado, uma testemunha afirmou ter visto a criança na companhia dela, no dia do sequestro, numa estrada de terra, na Zona Rural da cidade. A menina vista com a suspeita tinha as mesmas características de Kamyla.