Jovens engajados com política e economia modelam o futuro do Brasil

Izabela Ventura - Hoje em Dia
14/07/2013 às 08:03.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:02

Os jovens brasileiros nunca foram tão engajados. Os protestos recentes, segundo especialistas, são a ponta do iceberg do protagonismo juvenil ativista, com capacidade de interferir nas diversas esferas do país: política, econômica, social, ambiental e onde mais tiverem vontade.   Conforme o professor da PUC Minas e coordenador do Grupo Gestor do Núcleo de Estudos Sociopolíticos (Nesp), Robson Sávio, a juventude atual é capaz de formar movimentos mais amplos do que os da década de 90, por exemplo, que exigiram o impeachment de Fernando Collor.    Se antes o objetivo era tirar um corrupto do poder, agora, a luta é por reforma política completa, para formar uma sociedade na qual os políticos não sejam meros gerentes da nação, mas servidores públicos.   “Há algumas décadas, prevalecia o engajamento juvenil da classe média conservadora, com demandas focadas, mas muito particulares. Hoje, temos a nova classe média, que saiu das camadas populares e descobriu que deve exigir demandas, como saúde, educação e transporte público de qualidade”, explica.    Protagonismo   A juventude tende a ser protagonista das inovações e, a cada geração, transforma a sociedade de forma diferenciada, a avalia o coordenador do Observatório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Juarez Dayrell.    Ele constata que a nova geração coloca em xeque vícios e problemas da sociedade brasileira e põe essas questões na ordem do dia. Essa atuação extrapola a política e reforça campos como ativismo cultural, ambiental, esportivo, entre outros. “Questionar o que é velho a partir do novo é uma dimensão própria do jovem. Cabe à sociedade escutar o clamor das novas gerações”, ressalta.   Sávio, também é cientista social e filósofo, diz que o engajamento dos protestos recentes não pode ser considerado novidade. Eles foram encabeçados por jovens de movimentos atuantes e organizados, que convocaram a sociedade para debates amplos. “Graças à juventude, a população descobriu que pode manifestar seu descontentamento e ser ouvida”, completa Dayrell.   Leia mais na Edição Digital 

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