Utilizado em festas, baladas, bares e locais fechados, o vape (cigarro eletrônico) está associado a uma imagem de “status”, que pode cativar, inclusive, quem não se interessa por cigarro. Adolescentes são os mais vulneráveis aos produtos eletrônicos, que não têm cheiro forte nem produzem fumaça e cinzas, conforme os especialistas.
“Há um aspecto tecnoló-gico, além de atrativos como sabores e aromas gostosos, que atraem os não-fumantes”, diz a oncologista Flávia Amaral Duarte.
Em uma das lojas visitadas pelo Hoje em Dia, a vendedora explica que há modelos específicos para quem fuma “socialmente”. “Quem quer só ‘vaporar’ não precisa comprar um (cigarro) tão caro. Tem gente que quer fazer isso com a galera, nas festinhas. Aí, oferecemos uma opção mais barata”, afirma. Segundo ela, as canetas eletrônicas – que custam cerca de R$ 30, mas têm menor qualidade e durabilidade – são as mais comercializadas.
Gatilho
Coordenador do Centro de Referência em Drogas da UFMG, Frederico Garcia lembra que os dispositivos podem ser uma iniciação ao tabagismo.
“Os custos dos vaporizadores são muito mais altos que os do cigarro porque é uma forma ‘chique’ de consumir a droga. A pessoa tem que comprar os refis com frequência. Com isso, os jovens podem fazer uma transição, abandonando os eletrônicos e partindo para os brancos e de palha, porque a nicotina causa dependência”.
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