Juiz sai em defesa de orfanato onde menina disputada na Justiça vivia

Rosildo Mendes - Hoje em Dia
08/11/2013 às 15:21.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:01

A briga entre os pais biológicos e os adotivos pela guarda da menina M.E., de 4 anos, em Contagem, na Grande BH, teve mais um capítulo. Nesta sexta-feira (8), o juiz da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Contagem, Thiago França de Resende, divulgou uma nota em defesa da Associação Beneficente Efatá. A diretora da entidade, onde a criança vivia antes de ser adotada foi acusada de ter prejudicado a disputa pela guarda dela.  No documento, o magistrado defende o Lar Efatá, e também o Lar Betel e o Espírita Lar de Marcos, dizendo que não foram verificado nenhum tipo de irregularidades nos abrigos ou na “colocação de menores em família extensa”. Ele destaca ainda que o Lar Efatá está habilitado para receber crianças e adolescentes em situação de risco e que funciona sob a fiscalização da Vara da Infância e da Juventude de Contagem.    A briga pela disputa da garotinha começou em abril deste ano, quando Liamar Dias de Almeida, de 47 anos, e Valbio Messias da Silva, de 50, responsáveis pela guarda provisória da criança desde 2011, foram pegos de surpresa por um processo movido na Justiça pelos pais biológicos dela. Valbio não quis comentar a decisão do magistrado, limitando dizer que cabe a Justiça e ao Ministério Público investigar o caso.   No mês passado, a Justiça determinou que a menina, que há dois anos e meio convive com os pais adotivos, volte para a casa dos pais biológicos. A garota terá de quatro a cinco meses para se adaptar e voltar ao convívio dos pais biológicos, o mestre de obras Robson Ribeiro Assunção e sua mulher Maria da Penha Nunes.  O retorno será de forma gradual. No primeiro mês foi determinado que a menina será acompanhada por uma assistente social do Juizado da Infância e Juventude de Contagem, para iniciar a preparação da mudança. Ao fim deste período, ela terá o primeiro contato com os pais biológicos, depois com os seis irmãos e, por fim, com a casa para onde será transferida. Durante todo esse processo, ela continuará na casa dos pais adotivos.

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