Inicialmente previsto para durar de três a cinco dias, o julgamento do goleiro Bruno Fernandes e de sua ex-mulher Dayanne Rodrigues pode terminar antes do esperado. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), das 15 testemunhas arroladas pela defesa e acusação apenas cinco serão ouvidas. Porém, na manhã desta segunda-feira (4) os advogados de defesa dos réus dispensaram quase todas as suas testemunhas. Apenas uma testemunha do goleiro Bruno Fernandes será ouvida. Segundo o TJMG, Célia Aparecida Rosa Sales, prima do atleta e irmã de Sérgio Rosa Sales, vai testemunhar. Entre as testemunhas de acusação estão a delegada Ana Maria dos Santos, primeira testemunha a ser ouvida no Fórum de Contagem. Além dela, será interrogado também João Batista Alves Guimarães e o detento Jaílson Alves de Oliveira, que dividiu cela com o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola" e afirmou ter ouvido dele um plano para executar autoridades que investigavam o caso da morte de Eliza Samúdio. Já a testemunha de acusação, Renata Garcia da Costa, foi ouvida por carta precatória e não comparecerá ao tribunal. A previsão do Tribunal de Justiça é de que todas as testemunhas sejam ouvidas ainda nesta segunda-feira (4). Testemunhas dispensadas O primo do goleiro, Jorge Luiz Rosa, que também seria ouvido no julgamento não compareceu. Em entrevista recente concedida ao programa Fantástico, da Rede Globo, Jorge atribuiu a culpa pela morte de Eliza Samudio a "Macarrão", mas diz que seria praticamente impossível que o Bruno não soubesse de tudo. Além dele, outra testemunha de acusação não comparecerá ao júri. Conforme informações do TJMG, Renata Garcia da Costa, foi ouvida por carta precatória e não comparecerá ao tribunal.
Entenda o caso Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje. Acusado de homicídio triplamente quaificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver, o goleiro Bruno está sendo julgado esta semana. Segundo a acusação, o atleta seria mandante do crime. Além dele, está sendo julgada também sua ex-mulher Dayanne Rodrigues, que responde por sequestreo e cárcere privado. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", é acusado de matar Eliza Samudio. Ele responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O julgamento de "Bola" está marcado para ocorrer no dia 22 de abril. O ex-policial, o goleiro Bruno e sua ex-mulher Dayanne Rodrigues tiveram o processo desmembrado durante o júri popular que ocorreu de 19 a 23 de novembro do ano passado, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem. Na ocasião, apenas Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", e Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, foram julgados. Macarrão foi sentenciado a 15 anos de prisão e Fernanda a cinco no regime aberto. Além deles, ainda serão julgados o ex-caseiro do sítio de Bruno, Elenilson Vítor da Silva e o motorista do atleta, Wemerson Marques de Souza, o "Coxinha". Os réus respondem por sequestro e cárcere privado e devem ser julgados em 15 de maio.