Audiência de custódia

Justiça concede liberdade provisória para delegada que ficou mais de 30 horas trancada em casa

Policial, que responde por tentativa de homicídio, fez denúncias de supostos casos de assédio na instituição

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
24/11/2023 às 13:21.
Atualizado em 24/11/2023 às 13:34
 (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

(Maurício Vieira / Hoje em Dia)

A Justiça mineira determinou que a delegada da Polícia Civil (PC), que ficou trancada mais de 30 horas no próprio apartamento, vai responder em liberdade provisória a acusação de tentativa de homicídio contra agentes da instituição. Pelo menos quatro disparos de autoria da servidora teriam sido feitos em direção aos agentes, segundo a PC.

A decisão pela liberdade provisória é da juíza Juliana Pagano, da Central de Flagrantes de Belo Horizonte. A audiência de custódia foi realizada no Fórum Lafayette. Segundo a assessoria do órgão, a delegada segue internada em um hospital da região Leste e não participou da audiência. A juíza definiu ainda que o caso seguirá em segredo de Justiça.

O caso envolvendo a delegada começou na última segunda-feira (20). Em uma live nas redes sociais, a policial disse que não queria voltar a trabalhar após denunciar supostos casos de assédio na instituição. Colegas foram ao apartamento acreditando que ela poderia colocar a própria vida em risco. Os agentes teriam sido recebidos a tiros, o que gerou toda a situação que se prolongou por mais de 30 horas.

Nas redes sociais, a delegada disse ter feito denúncias sobre os assédios. A servidora estava sendo investigada pela corregedoria da instituição e poderá ser exonerada. Segundo o porta-voz da PC, Saulo Castro, a policial é citada em quase dez processos.

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