Policial, que responde por tentativa de homicídio, fez denúncias de supostos casos de assédio na instituição
(Maurício Vieira / Hoje em Dia)
A Justiça mineira determinou que a delegada da Polícia Civil (PC), que ficou trancada mais de 30 horas no próprio apartamento, vai responder em liberdade provisória a acusação de tentativa de homicídio contra agentes da instituição. Pelo menos quatro disparos de autoria da servidora teriam sido feitos em direção aos agentes, segundo a PC.
A decisão pela liberdade provisória é da juíza Juliana Pagano, da Central de Flagrantes de Belo Horizonte. A audiência de custódia foi realizada no Fórum Lafayette. Segundo a assessoria do órgão, a delegada segue internada em um hospital da região Leste e não participou da audiência. A juíza definiu ainda que o caso seguirá em segredo de Justiça.
O caso envolvendo a delegada começou na última segunda-feira (20). Em uma live nas redes sociais, a policial disse que não queria voltar a trabalhar após denunciar supostos casos de assédio na instituição. Colegas foram ao apartamento acreditando que ela poderia colocar a própria vida em risco. Os agentes teriam sido recebidos a tiros, o que gerou toda a situação que se prolongou por mais de 30 horas.
Nas redes sociais, a delegada disse ter feito denúncias sobre os assédios. A servidora estava sendo investigada pela corregedoria da instituição e poderá ser exonerada. Segundo o porta-voz da PC, Saulo Castro, a policial é citada em quase dez processos.