A Justiça deu um prazo de 24 horas para que a Vale execute um plano de ação que proteja a fauna de Barão de Cocais, na região Central do Estado. A tutela de urgência foi concedida nesta quinta-feira (14), em uma Ação Civil ajuizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A empresa deverá ainda localizar, resgatear e cuidar dos animais deixados nas áreas de risco após a evacuação nas comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras. Os moradores precisaram deixar suas casas depois que a consultoria Walm negou a estabilidade da Barragem Sul Superior, que integra o empreendimento minerário Mina Gongo Soco.
Foi determinado ainda que a mineradora forneça comida, água e cuidados veterinários aos animais que aguardam resgate e em caso de descumprimento das medidas a multa diária de R$200 mil.
No dia 8 de janeiro a Vale determinou a evacuação de 500 pessoas das áreas de risco situadas nas comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras e segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os animais foram deixados para trás.
No mesmo dia, o MPMG expediu uma recomendação para a empresa executar um plano emergencial que contemple ações de localização, resgate e cuidado dos animais domésticos em virtude de eventual rompimento de barragem no município de Barão de Cocais.
O plano apresentado pela Vale não foi considerado satisfatório pelo MP e nem pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que emitiu nota técnica recomendando sua alteração, especialmente quanto ao prazo proposto para retirada dos animais.
A reportagem do Hoje em Dia aguarda o posicionamento da Vale sobre a decisão.
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