(Cruzeiro/Reprodução Twitter)
A Justiça do Paraná voltou a ouvir depoimentos de mais testemunhas no processo referente à morte do jogador Daniel Correa, encontrado em um matagal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em outubro do ano passado. Depois de colher os novos relatos ao longo da última semana, a Justiça deve ouvir agora três pessoas em Minas Gerais, Estado onde nasceu o atleta. O órgão não informou, porém, quem seriam os convocados a depor.
De acordo com o Tribunal de Justiça do Paraná, dez testemunhas arroladas pela defesa foram recebidas pelo juiz nesta segunda-feira (1º). As audiências estão marcadas para os dias 2, 3 e 5 de abril.
A próxima fase é o interrogatório dos réus Edison Brittes, que confessou ter matado o jogador; Cristiana Rodrigues Brittes, esposa de Edison; Allana Emilly Brittes, filha do casal; além de Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Ygor King, David Willian Vollero Silva e Evellyn Brisola Perusso, que teriam participado do crime.
Nascido em Juiz de Fora e criado em Conselheiro Lafaiete, Daniel Correa tinha contrato com o São Paulo até dezembro e estava emprestado ao São Bento de Sorocaba. Revelado pelo Cruzeiro, ele jogou ainda pelo Botafogo e Coritiba.
Relembre o caso
O corpo de Daniel Correa foi encontrado em um matagal de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, no dia 27 de outubro. O corpo tinha sinais de tortura - sua cabeça estava quase degolada e o pênis decepado. O empresário Edison Brittes Júnior confessou o crime e afirmou que foi movido por violenta emoção, ao flagrar o jogador de futebol tentando estuprar a mulher, Cristiana. A Polícia Civil descarta a possibilidade de tentativa de estupro.
Dentro da casa, Brittes teria espancado Daniel, com a ajuda de outros convidados da festa. Depois, o jogador foi colocado no porta-malas de um carro e levado para o matagal. Além de Brittes, outros três jovens estavam no veículo: Eduardo Silva, Ygor King e David Willian da Silva. O empresário e os três jovens que participaram da execução foram indiciados pela Polícia Civil do Paraná e denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Já a mulher de Edison, Cristiana Brittes, e a filha do casal, Allana, foram denunciadas por coação de testemunha e fraude processual – por terem mentido em seus depoimentos à polícia e por terem limpado a casa após o espancamento. Evellyn Brisola Perusso responde por denunciação caluniosa e falso testemunho.
Nascido em Juiz de Fora e criado em Conselheiro Lafaiete, Daniel Correa tinha contrato com o São Paulo até dezembro e estava emprestado ao São Bento de Sorocaba. Revelado pelo Cruzeiro, ele jogou ainda pelo Botafogo e Coritiba.