Tempo indeterminado

Justiça interdita parcialmente Nelson Hungria; maior presídio de Minas não pode receber novos presos

Em janeiro, serão exonerados 142 dos 598 servidores, o que motivou a decisão do juiz

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
17/12/2024 às 18:01.
Atualizado em 17/12/2024 às 18:10
 (Amadeu Barbosa / Arquivo Hoje em Dia)

(Amadeu Barbosa / Arquivo Hoje em Dia)

Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi parcialmente interditado pela Justiça de Minas nesta terça-feira (17) e está impedido de receber novos detentos.

A razão apontada pelo juiz Wagner Cavalieri, que determinou a interdição parcial, é a falta de servidores. No mês que vem, serão exonerados 142 dos 598 servidores da Nelson Hungria.

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), os servidores que deixarão de atuar no complexo penitenciário a partir de janeiro terão contratos temporários de trabalho extintos, em razão do término do vínculo.

A pasta ainda ressalta que apesar das exonerações, o que vai deixar de existir é a modalidade de contratação e não as vagas previstas para a segurança e custódia de presos na unidade.

Em nota enviada ao Hoje em Dia, a Secretaria confirmou ter sido notificada sobre a decisão judicial referente à interdição parcial da Nelson Hungria na tarde desta terça-feira, e que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) "cumprirá a determinação imediatamente, não recebendo ou transferindo novos custodiados" para o local.

Por fim, a Sejusp informou que "o plano de contingenciamento para a resolução imediata da reposição de mão de obra na Nelson Hungria já está definido e ajustado" e que "por questões de segurança, mais detalhes não podem ser informados".

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