Lorenza foi encontrada morta em 2 de abril de 2021, no apartamento em que morava com o marido, o então promotor André Luiz Garcia de Pinho (Divuligação/MPMG)
O promotor André Luís Garcia de Pinho, denunciado por assassinar a esposa em Belo Horizonte, em abril de 2021, teve a prisão mantida nesta quarta-feira (11). A decisão foi unânime entre os desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas.
Por ainda não ter sido julgado, Pinho está preso de forma preventiva. De acordo com a legislação, nesses casos, a análise da decisão deve ser feita a cada 90 dias. Agora, cabe à Justiça seguir com a instrução criminal, em que as provas são colhidas pela investigação.
O promotor será julgado por desembargadores do TJMG devido ao foro privilegiado. A previsão é que o julgamento aconteça no primeiro semestre deste ano. André Luís Garcia de Pinho está detido em uma unidade do Corpo de Bombeiros.
Procurada, a defesa do promotor informou que aguarda a publicação da decisão para se manifestar.
Caso Lorenza
Lorenza Maria Silva de Pinho foi encontrada morta, no dia 2 de abril de 2021, no apartamento em que morava com o marido, o então promotor André Luiz Garcia de Pinho, no bairro Buritis, região Oeste da capital. Após 11 dias no Instituto Médico Legal da capital, o corpo foi liberado e enterrado em Barbacena, onde Lorenza nasceu.
O atestado de óbito preliminar assinado por dois médicos apontou que Lorenza teria engasgado com um remédio. Porém, a família da mulher tinha suspeitas da causa da morte que constava no documento.
Após investigações, André Luiz foi denunciado na Justiça por feminicídio. Conforme a denúncia do Ministério Público, o promotor teria intoxicado e asfixiado a esposa na noite em que ela morreu. Ele é suspeito de aplicar nas costas da esposa adesivos de analgésicos em quantidade superior à dose prescrita e, ainda, ter dado a ela duas garrafas de bebida alcoólica para que ela tomasse.
Durante a perícia, constatou-se que no sangue da vítima havia substâncias como Zolpidem, Mirtazapina, Quetiapina, Buprenorfina e Clonazepam. O laudo do IML também apontou que Lorenza foi asfixiada e tinha lesões na região cervical, próximo ao pescoço.