(Hoje em Dia)
O pedido de liminar da Defensoria Pública de Minas Gerais para proibir qualquer tipo de aumento das passagens de ônibus de Belo Horizonte foi negado pela Justiça nesta sexta-feira (24). A ação do órgão foi feita em função do pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) para o reajuste das tarifas e alegação de prejuízo com o sistema. Segundo a Defensoria Pública, a decisão do juiz da 4ª Vara de Feitos da Fazendo Municipal não há indícios de que haverá aumento no valor das passagens neste momento e que a própria BHTrans alegou que não pretende autorizar o reajuste. Em função da recusa da liminar, a defensora pública Junia Roman, autora da ação cautelar, informou que interpôs, imediatamente, embargos declaratórios solicitando que o magistrado altere a decisão, com a análise da documentação juntada pelo município. Na liminar, além do impedimento de aumento nas tarifas, a Defensoria também pede acesso as planilhas do sindicato das empresas de ônibus. Crise Conforme o Hoje em Dia mostrou em 15 de julho, alegando falta de dinheiro para honrar os compromissos trabalhistas, o Setra informou que para realizar o pagamento do PLR, teve que realizar uma série de cortes. Entre os serviços prejudicados estão o pagamento de fornecedores de insumos essenciais, como combustível e pneu, e também os painéis informativos. O sindicato também alegou que outros riscos, como a suspensão do fornecimento de diesel. O Sindicato patronal chegou a enviar estudos para a BHTrans. A alegação era de constantes prejuízos e a necessidade de revisão contratual. O Setra chegou a sugerir o aumento das tarifas de 11,8%, ou seja, indo de R$ 3,10 para R$ 3,45. Os empresários tentam ainda adiar o acerto de contas com planos de saúde e de alimentação dos empregados. Outra frente de negociação busca a compreensão de instituições bancárias financiadoras do Move. Para o sindicato, se não houver acordo, existe a possibilidade de veículos serem confiscados.