O ex-delegado Geraldo Toledo, acusado de matar a ex-namorada com um tiro na cabeça, teve pedido de recurso negado e irá a júri popular. A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou, ainda, que o acusado continue preso. A defesa de Toledo tentava recorrer das duas decisões. Ao analisar o caso, o relator do recurso, desembargador Renato Martins Jacob, entendeu que há nos autos a presença de crimes conexos com o homicídio do qual o réu é acusado, não merecendo assim reparo na decisão de pronúncia. Ao negar a soltura provisória de Toledo, o magistrado argumentou que “ele vinha usufruindo indevidamente de privilégios no interior do estabelecimento prisional, valendo-se de influência e privilégios de um cargo que outrora ocupara, fomentando sentimento de impunidade no meio social, em detrimento das instituições e da ordem pública”. De acordo com o TJMG, o julgamento do réu deve ocorrer em Ouro Preto. A data, contudo, ainda não foi definida. O crime Amanda Linhares foi baleada na cabeça no dia 14 de abril de 2013, em Ouro Preto, região Central de Minas. Na data, testemunhas informaram que o ex-delegado e a garota teriam discutido dentro do carro do ex-delegado Geraldo Toledo momentos antes de ela ser ferida. Segundo a Polícia Civil, essa não foi a primeira vez que o ex-delegado teria agredido a jovem. Conforme a corporação, em março de 2013, Toledo chegou a ser indiciado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente por agressão contra a jovem. Amanda, de 17 anos, morreu na noite do dia 3 de junho de 2013, após ficar 51 dias internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória. O corpo da adolescente foi velado e enterrado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete, na região Central do Estado. Geraldo Toledo foi preso em abril de 2013, quando foi levado para a Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte. Em outubro de 2013, o ex-delegado foi transferido para o presídio de São Joaquim de Bicas, e, em janeiro de 2014, foi novamente para a Casa de Custódia. Infrações O ex-delegado é investigado também por ter cometido infrações para registrar e licenciar duas motocicletas com motores e chassis irregulares. Geraldo Toledo ainda responde no processo por adulteração de sinal identificador de veículo automotor, receptação e formação de quadrilha.