Justiça reduz pena de homem que matou universitária, mas nega absolvição de outro suspeito

A Justiça mineira reduziu a pena de Wagner Henrique Soares da Conceição, que confessou ter assassinado a universitária Barbára Quaresma, em maio de 2012, no bairro Cidade Nova, região Nordeste de Belo Horizonte. Em sua decisão, os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) consideram que o acusado era réu primário na época do crime, o que não havia sido levando em conta em Primeira Instância. Condenado inicialmente a 23 anos de prisão, Wagner agora foi sentenciado a 22 anos. Thiago Henrique Fernandes dos Santos, que também foi acusado do latrocínio (roubo seguido de morte) da estudante, teve seu pedido de absolvição negado e a sentença de 27 anos em regime fechado mantida.   Após a condenação, os réus entraram com recurso na Justiça e foram julgados novamente nesta quinta-feira (21), na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Além de afirmar que Wagner era réu primário, o relator do processo, desembargador Catta Preta, também atenuou a pena pelo acusado ter feito confissão espontânea. O magistrado votou para a redução da pena em um ano e foi acompanhado pelos desembargadores Beatriz Pinheiro Caires e Renato Martins Jacob.   Já Thiago requereu sua absolvição, alegando que não havia provas suficientes contra ele. Caso a condenação fosse mantida, o réu pediu a desclassificação do latrocínio para roubo consumado e o reconhecimento a participação de menor importância. Ele ainda solicitou que fosse afastado o agravante de reincidência e pediu a atenuação da pena por ter confessado participação do crime. No entanto, o réu teve seus pedidos negados.   Durante o julgamento, os desembargadores mantiveram a determinação de que os dois réus cumpram as penas em regime fechado.   Relembre o crime   O crime ocorreu no dia 23 de maio, quando a estudante de relações públicas estava na rua Tabelião Ferreira de Carvalho, com o namorado dela Gabriel Fagundes Quaresma, dentro do carro. Eles foram abordados por Thiago Henrique Fernandes dos Santos e Wagner Henrique Soares da Conceição.    Thiago tentou abrir a porta do veículo, sacou uma arma e ameaçou a estudante. O namorado de Bárbara a abraçou e tentou desligar o motor, mas o veículo se movimentou e bateu na traseira do carro onde estava Rafael Fagundes da Silva, conhecido como "Graxinha".   Assustado, Thiago agrediu a estudante com golpes nas costas, na nuca e na cabeça. Depois, ele disparou e atingiu a cabeça de Bárbara. Com o tiro, a mão esquerda de Gabriel foi queimada. Após o assassinato, os três fugiram. Dias depois do crime, os dois condenados foram presos em Montes Claros, no Norte de Minas. "Graxinha" ainda não foi encontrado pela polícia.