(Divulgação/Governo de São Paulo)
O prefeito Alexandre Kalil (PSD), anunciou, nesta sexta-feira (12), que Belo Horizonte irá comprar 4 milhões de doses da Sputnik V, vacina russa contra a Covid-19. Uma reunião com os secretários da Fazenda, Saúde e Planejamento está marcada para acertar os trâmites da negociação.
A medida segue o exemplo da vizinha Betim, que anunciou hoje a compra de 1,2 milhão de unidades do imunizante. "Já conversamos com a cônsul da Rússia. Vamos disponibilizar assim que a lei permitir" afirmou Kalil.
Nessa quinta-feira (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou resolução que regulamenta a autorização excepcional e temporária para a importação por estados, municípios e o Distrito Federal de medicamentos e vacinas contra o coronavírus que ainda não possuam registro no Brasil. No entanto, esses fármacos já precisam estar autorizados em outros países para serem aplicados no país. A determinação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
O imunizante russo tem eficácia de 91,6% contra a doença, segundo resultados preliminares de uma análise publicada recentemente pela revista científica The Lancet. Conforme informações de agências internacionais de notícias, os resultados são provenientes da terceira e última fase dos testes clínicos, que incluiu dados de 19.866 voluntários. Desses, 14.964 receberam doses do imunizante e 4.902 um placebo. A vacina é aplicada em duas doses, sendo a segunda após 21 dias da primeira.
Consórcio
Além da negociação pela Sputnik V, BH também faz parte de um consórcio para compra de vacinas. A ação é uma iniciativa da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Mais de 1,7 mil prefeituras de todo o país assinaram o termo de intenção.
Após o prazo para inscrição, a FNP disponibilizou às Câmaras Municipais a minuta de um Projeto de Lei, que deve ser aprovado para que a cidade entre no grupo. Na quarta-feira (10), Kalil apresentou o PL aos vereadores.
Em nota, a Casa informou, que o texto foi protocolado, mas está em etapa de procedimentos internos, “quando é feita instrução e despacho da proposição”.