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Diante da escassez de vacinas no Brasil, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse, nesta quarta-feira (7), que o Brasil deveria adotar a medida que deu certo em outros países para a diminuição do número de mortes por Covid-19, o lockdown. A afirmação foi dita em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da rádio Bandeirantes.
"A gente tem que copiar o que o mundo está fazendo. A gente tem que ler probabilidade estatística, conversar com médico. Tem médico que foi ministro, que falou que a onda do coronavírus ia matar 800 pessoas e que ia durar 14 dias. Está gravado. Nós estamos matando 4.500 por dia. Vamos chegar a 500 mil mortos ou mais", declarou.
De acordo com Kalil, enquanto na Inglaterra - país que vive um terceiro lockdown até, pelo menos, a próxima quarta-feira (14) - foram registradas 20 mortes nessa terça-feira (6), "no Brasil morreram 4.500 pessoas". O número exato de óbitos no país, no entanto, foi de 4.211, de acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa, formado por G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL.
O chefe do Executivo de BH ainda relembrou que apenas o presidente da República tem gerência para a adoção da medida extrema. "O lockdown só pode ser feito pelo governo federal. Nenhum prefeito, nenhum governador tem autoridade para fazer. Como é que eu vou proibir um ônibus de São Paulo entrar em BH ou um avião de sair ou entrar no Brasil? Esse é um assunto federal", disse.
Kalil disse que o tema lockdown está politizado e que, na prática, não é um inimigo do governo federal por defender a prática. "Só acho que tem que ser feito para dar uma chance ao Brasil (de diminuir mortes), pelo menos enquanto não há um número de vacinas", declarou.
Nessa terça, o Brasil alcançou 337.364 vítimas perdidas pela Covid-19, ainda conforme o consórcio citado.