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A lama que tomou conta de Bento Rodrigues, distrito de Mariana, na região Central de Minas, após o rompimento de duas barragens na quinta-feira (6), não é tóxica. É o que afirma a empresa Samarco, responsável pelas barragens.
Em nota, a empresa esclarece que “o rejeito é inerte. Ele é composto, em sua maior parte, por sílica (areia) proveniente do beneficiamento do minério de ferro e não apresenta nenhum elemento químico que seja danoso à saúde”.
Segundo o professor da UFMG Carlos Barreira Martinez, o rejeito nada mais é do que resíduos de mineração, como argila, areia e, eventualmente, algum resíduo de minério. “Essa lama não é veneno, as pessoas têm quem entender que isso não é o venenoso, é apenas um material concentrado”, ressalta.
De acordo com o docente, o risco de contaminação pelos resíduos não existe. “Posso por a mão que só vai sujá-la, é apenas uma lama, não vai queimar nem nada”, garante.
Martinez afirma ainda que o maior risco nesse momento é ambiental. “O risco é de esse resíduo chegar em um curso de água, por exemplo, e com isso provocar um serie de impactos ambientais”, conclui.
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