(Ricardo Bastos)
Tradição passada muitas vezes no seio da família, a fabricação de queijos tornou-se uma das vocações de Lavras e região. Nas vizinhanças da cidade, pequenas empresas, como o Laticínios Mato Sem Pau (LMSP), de Luminárias, e o PJ, de Ingaí, frequentemente premiados nos concursos nacionais de queijos do Instituto Cândido Tostes, da Epamig, levam à mesa de paulistas, cariocas e mineiros queijos dos tipos Provolone, Goulda, Prato, Minas Padrão, Gorgonzola e vários outros. Lavras mesmo tem o Laticínios Serra Bella, do grupo JBS, e outros.
O engenheiro de alimentos Alessandro Rios, presidente do Laticínios Verde Campo, acompanhou a lida do pai, Antônio Alberto de Carvalho, na fabricação de queijos – ele era o dono da marca “Queijo do Gato”. Mas Alessandro preferiu outras linhas de lácteos, como a light, enriquecida com soja, que impulsiona 160 produtores de leite da região.
A Verde Campo, segundo Márcia Costa, gerente administrativa, processa 60 mil litros de leite/dia e fabrica 500 toneladas de produtos ao mês, entre iogurte, requeijão, coalhada e creme de leite.
“As três maiores distribuidoras do país – Carrefour, Pão de Açúcar e agora a Walmart, em negociação –, nos compram porque inovamos na linha sem lactose e escolhemos nossos fornecedores locais pela qualidade do leite”, afirma Márcia.
A pesquisa e desenvolvimento dos alimentos é feita na sede, em Lavras, há 14 anos. Segundo a empresa, só em 2013 foram investidos pouco mais de R$ 5 milhões no desenvolvimento da linha “Lac Free”.
Produção - Linha do Verde Campo também tem queijo Minas frescal, requeijão, coalhada e creme de leite (Foto: Ricardo Bastos/Hoje em Dia)
Comércio
Com mais de 5.300 empresas registradas nos ramos de confecção, calçados e alimentação, conforme o Sindicato do Comércio Varejista do Município de Lavras (Sincoval), o município é referência comercial para 18 municípios do Sul de Minas.
Segundo o presidente do Sincoval, Caio Márcio Goulart, o comércio é forte não só no Centro da cidade como nos demais bairros, o que garante a autossuficiência de cada regional. “Temos o comércio de zona norte a zona sul, com prestadores de serviços delivery de remédios, comida, feiras livres. Hoje, o lavrense não precisa ir ao Centro para comprar. É uma situação diferenciada. E a população de estudantes movimenta a economia da região até às 20h, pelo menos, durante as aulas”.