(Polícia Civil/Divulgação)
Um laudo de necropsia da Polícia Civil (PCMG), concluído nesta quinta-feira (13), atestou que a morte de uma criança de 4 anos com hidrocefalia não foi causada por consequências de abuso sexual, conforme alegado inicialmente pela equipe médica de uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Mateus Leme, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo a PCMG, a menor faleceu em decorrência de parada respiratória e compressão cerebral. Em coletiva realizada nesta sexta-feira (14), o delegado responsável pelo caso, Diego Nolasco Rego, afirmou que os médicos legistas não identificaram quaisquer sinais que indicassem a prática de violência sexual.
Além disso, de acordo com o delegado, após análise de provas periciais e depoimentos de testemunhas não foram identificados qualquer atos ou condutas que demonstrasse a prática de um suposto abuso sexual da menor.
Relembre o caso
A criança foi levada à UPA no último domingo (9), durante a manhã, com náuseas e vômito. Ela foi atendida e ficou em observação, sob os cuidados da mãe. Mais tarde, quando o médico retornou ao local, encontrou a menina morta. A equipe médica ainda tentou reanimar a criança, mas sem sucesso.
Os pais da criança foram localizados pela PM, presos por abandono de incapaz e encaminhados para prestarem depoimento na Delegacia de Plantão de Betim. Eles foram liberados na segunda-feira (10).
Um adolescente de 14 anos, filho da mulher e meio-irmão da vítima, também foi ouvido e negou qualquer autoria em relação ao estupro e disse que não notou sinal de violência na criança. Ele foi apreendido diante da suspeição do fato e também porque o caso gerou comoção popular, ocasionando risco a integridade física do menor.