(Flávio Tavares)
Laudos da Fundação Ezequiel Dias (Funed) realizados nas capivaras capturadas da orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, apontam que 61% dos roedores foram detectados com a bactéria da febre maculosa. Mas para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), isso não é motivo de pânico, uma vez que a doença é transmitida pelo carrapato-estrela. Desde setembro, quando teve início o plano de manejo das capivaras, 46 bichos foram retirados da Pampulha. Todos foram submetidos a exames, que confirmaram que 28 são hospedeiros do parasita. A SMMA informou que todas os animais com a bactéria estão isolados no Parque Ecológico, sem nenhum contato com a população. Relatório da secretaria indicou que cerca de 88 capivaras habitavam na Pampulha em meados deste ano. Manejo O processo de retirada das capivaras da Pampulha foi iniciado, pela prefeitura, em 2013. Porém, o vice-prefeito Délio Malheiros argumenta que há 15 anos se estuda o manejo desses animais. “A decisão foi tomada em fevereiro deste ano, depois do levantamento de casos de febre maculosa na região, do número de capivaras atropeladas e dos boletins da Infraero sobre pousos e decolagens abortados no aeroporto da Pampulha por causa dos animais na pista”. Para a captura, as capivaras são cercadas por uma tela que não permite a saída delas. Esses equipamentos foram montados em dois pontos da Lagoa. Um deles está localizado em frente ao Museu de Arte da Pampulha e o outro nas proximidades do Parque Ecológico.