Lesão de grande extensão na cabeça causou a morte do menino Ian, de 2 anos, revela a PC
Em coletiva realizada nesta quarta-feira (25), a Polícia Civil (PC) de Minas deu mais detalhes sobre a morte do menino Ian, de 2 anos, ocorrida em 10 de janeiro deste ano. A causa da morte, segundo a PC, foi trauma cranioencefálico.
De acordo com o delegado Diego Lopes, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, foi constatada uma lesão na parte posterior da cabeça da criança. “Após investigações, o laudo de necropsia revelou que Ian teve um trauma de grande extensão na face posterior, provocado por um instrumento contundente, o que causou a morte dele”, afirmou o delegado.
Além da divulgação do laudo, a PC informou que cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Santa Luzia, na região Metropolitana.
Em uma das diligências, os policiais compareceram à casa em que o menino morava e descobriram que os familiares se mudaram porque os vizinhos não aceitavam a situação e teriam ameaçado colocar fogo no imóvel.
Por enquanto, a Polícia trabalha com a hipótese de o pai e a madrasta de Ian serem responsáveis pela agressão e os mandados de busca e apreensão podem ajudar na identificação de outros suspeitos ou do objeto que causou a morte do menino.
Pai investigado
De acordo com a Polícia Civil, o pai de Ian já era investigado por agressão contra a criança, em ocorrência registrada em 2022. “Nós temos o registro em que o pai foi acusado de praticar maus-tratos contra o Ian. Esse procedimento tramita na região Metropolitana”, informou o delegado Diego Lopes.
Relembre o caso
O menino de 2 anos foi internado no hospital João XXIII no domingo, 8 de janeiro deste ano, e acabou falecendo na terça-feira (10). O pai, de 31 anos, e a madrasta, de 34, foram presos em flagrante por "omissão de socorro".
De acordo com o boletim da Polícia Militar, a guarnição foi acionada pela médica que atendeu a criança, que apresentava lesão na cabeça, ferimento no queixo e edema na testa. Ian sofreu duas paradas cardiorrespiratórias. A médica desconfiou da versão apresentada pelo pai e madrasta e acionou a PM.
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