(Lucas Prates/Arquivo)
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu uma liminar que derruba a transferência do goleiro Bruno Fernandes do presídio de Varginha, no Sul de Minas, para uma unidade da Região de Metropolitana de Belo Horizonte. A decisão do desembargador Fausto de Castro foi publicada na noite desta quinta-feira (28) e o goleiro vai continuar em Varginha até o julgamento do mérito.
A transferência foi pedida após o detento cometer uma falta grave durante a realização de um trabalho externo na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac). Ele teria utilizado um telefone celular para marcar encontros com mulheres nas dependências da Apac. Um desses encontros aconteceu no dia 18 de outubro do ano passado e foi registrado pelas câmeras de uma emissora de TV.
A reportagem do Hoje em Dia não conseguiu contato com a defesa de Bruno Fernandes.
O caso
Bruno foi condenado, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-amante Eliza Samudio, ocultação do cadáver, sequestro e cárcere privado do filho.
Em 2017, chegou a ser solto por uma liminar do Superior Tribunal Federal (STF) e voltou a jogar futebol, atuando no Módulo 2 do Campeonato Mineiro pelo Boa Esporte, mas depois teve a medida revogada e um pedido de habeas corpus negado.
Em abril de 2017, Bruno se apresentou à polícia em Varginha, onde foi preso e levado para o presídio da cidade.
Em junho de 2018, ele passou a trabalhar na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) de Varginha, após decisão da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais. Desde então, cumpria pena e trabalhava na unidade.
Eliza Samúdio desapareceu em 2010 e o corpo dela nunca foi achado. Ela tinha 25 anos na época e era mãe do filho recém-nascido do goleiro. Na ocasião, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
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