Ministros em BH

Lixo eletrônico vira ferramenta de inclusão social em comunidades carentes de Minas

Parceria firmada na capital mineira vai recondicionar equipamentos descartados para montar 12 novos laboratórios de informática em comunidades carentes do Estado

Dione Alves
portal@hojeemdia.com.br
07/10/2025 às 12:31.
Atualizado em 07/10/2025 às 13:06
Ministro das Comunicações Frederico Siqueira Filho explica o projeto (Dione Alves/Hoje em Dia)

Ministro das Comunicações Frederico Siqueira Filho explica o projeto (Dione Alves/Hoje em Dia)

Computadores que seriam descartados como lixo eletrônico em Belo Horizonte ganharão uma nova função: promover a inclusão digital e social em comunidades carentes em diversas regiões de Minas Gerais.

A iniciativa foi oficializada nesta terça-feira (7) por meio de um Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Ministério das Comunicações e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, anunciado em coletiva no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na capital, na manhã de hoje. 

Para o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, o programa ataca duas questões cruciais simultaneamente: o descarte inadequado de lixo eletrônico e a falta de acesso à tecnologia.

"Esse programa é muito importante porque aqueles computadores que seriam descartados para os lixos eletrônicos voltam, porém, novos. E esses computadores são entregues para essas associações para que sejam devolvidos para as comunidades e assim permitir a inclusão digital no Brasil”, detalhou o ministro.

Centro de recondicionamento em BH

O coração do projeto no estado é um Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), localizado no bairro Ipiranga, na região Nordeste da capital. 

É para lá que são levados os equipamentos eletrônicos descartados por empresas e órgãos públicos. No local, jovens e adultos em formação técnica aprendem a consertar, formatar e deixar as máquinas prontas para uso novamente. O processo cria um ciclo que gera tanto capacitação profissional quanto inclusão digital.

Quem pode doar? 

O programa funciona como uma solução de sustentabilidade. Tanto empresas, quanto moradores da capital podem participar doando equipamentos ou peças para sejam transformadas em novas máquinas de acesso à internet. 

A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, destacou que grandes instituições bancárias já são parceiras. "A gente tem Banco do Brasil, tem Caixa, que tem uma rotina e uma dinâmica de troca de equipamentos quase que anual. Então, esses equipamentos eles são muito úteis. Aqui mesmo em Belo Horizonte, vocês sabem que tem serviço em que você pode ligar para entregar o seu equipamento e ele terá essa destinação. Isso é muito importante", sugere.

Novos laboratórios de informática

O primeiro resultado prático do acordo já tem destino certo. Serão 200 computadores recondicionados que darão vida a 12 novos laboratórios de informática em Minas Gerais. As cidades que vão receber esses espaços ainda não foram divulgadas.

Esses espaços permitirão que crianças, jovens e adultos de comunidades em situação de risco tenham seu primeiro contato com a internet, aprendam a usar ferramentas digitais para estudo e trabalho, e se conectem com um universo de novas possibilidades.

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