Esta sexta-feira (5) é dia de mais de 4.500 clientes e 78 funcionários se despedirem do Restaurante Popular II (RP II). A unidade do bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte, ficará fechada por seis meses para reformas e vai deixar especial saudade em 41 trabalhadores terceirizados que foram demitidos.
O cozinheiro Jurandir da Silva, de 59 anos, trabalha há nove no RP II e diz que ficou decepcionado ao assinar o aviso prévio. “Vou procurar outro emprego, mas tenho interesse em voltar quando o restaurante reabrir”, afirma.
Na mesma função, Luiz Gomes Filho, de 63 anos, encara a demissão como um tempo para descanso. “Vou pegar o salário desemprego e, depois, a aposentadoria para complementar a renda”, diz ele, que trabalha no local há oito anos.
Outro cozinheiro, Maurício Lejeund, de 50, será remanejado para o RP I, próximo à rodoviária do Centro de BH. Ele conta que vai sentir falta do trabalho no RP II, que é agitado e dinâmico. “Não vejo a hora de essa unidade voltar a funcionar, em boa forma”.
Último
No cardápio de despedida do RP II, os frequentadores terão pão caseiro, café com leite ou leite com achocolatado e uma fruta no café da manhã, servido até as 8h por R$ 0,50. No almoço, das 10h30 às 14h, haverá arroz, feijão, lombo, macarrão com legumes, salada e sobremesa por R$ 2. Das 17h30 às 19h30, será servida sopa por R$ 1. Moradores de rua cadastrados se alimentam gratuitamente e beneficiários do Bolsa Família pagam metade do valor.
Equipe
Segundo o gerente de coordenação dos programas de alimentação popular da prefeitura (PBH), Carlos Henrique Pantusa, os funcionários demitidos serão recontratados ao término das obras, caso tenham interesse. “Enquanto isso, ficarão amparados pelo seguro-desemprego”.
Os outros 37 trabalhadores vão reforçar o quadro do RP I. Ele e o refeitório da Câmara Municipal terão uma hora a mais de funcionamento para absorver a demanda da unidade da rua Ceará.
O espaço da Câmara está temporariamente fechado por causa da ocupação da Assembleia Popular Horizontal (APH) e tem recebido 300 pratos por dia para os guardas municipais encarregados da vigilância.
“Assim que o movimento desocupar o local, 1.200 refeições serão servidas normalmente ao público, no café da manhã e almoço”, diz Pantusa.
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