(Arquivo Pessoal/Arquivo)
A mãe da menina Emilly Ketlen Ferrari, raptada e morta quando tinha 8 anos, tem motivos para acreditar que o crime foi cometido por alguém próximo à família. A polícia diz que o desfecho do caso, ocorrido em 2013 em Rio Pardo de Minas, está próximo. O Hoje em Dia publicou ontem que duas testemunhas, consideradas importantes para desvendar os fatos, foram ouvidas na última terça-feira, dando novo rumo às investigações.
“Quem fez isso sabia da nossa rotina e estava estudando o momento certo para cometer essa maldade”, desabafa Tatiany Ferrari, quase cinco anos após o sumiço da filha.
Para Tatiany, a menina morreu porque pode ter reconhecido o (s) autor (es) do crime. “Essa é a única explicação. A cidade é pequena e todo mundo conhecia minha filha. Não tenho inimigos”, afirma.
A menina Emilly Ketlen desapareceu em 4 de maio de 2013, por volta das 17h, enquanto brincava na porta da casa onde morava, em Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado. Os pais da garota são separados.
Desde setembro de 2017, quando houve a confirmação de que uma ossada encontrada em abril era da criança, o caso, que até então era investigado como desaparecimento, passou a ser apurado como homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O pai da menina, Leandro Campos, afirma que a expectativa é a de que o andamento das investigações ajude a localizar os responsáveis pela morte de Emilly. “Quero que a polícia esclareça logo este crime bárbaro. Precisamos de respostas. Minha filha ficou desaparecida por quatro anos. Tinha esperança de encontrá-la viva”.
CONTRADIÇÕES
Fontes ligadas à investigação disseram à reportagem que a corporação apurou contradições nos relatos de algumas das pessoas já ouvidas. Segundo essas mesmas fontes, as duas testemunhas que prestaram novos depoimentos nesta semana ajudaram a polícia a traçar o perfil do suspeito envolvido no rapto e na morte de Emilly.
Procurado, o delegado responsável pelo caso, Luís Cláudio Freitas do Nascimento, não quis adiantar quem foi ouvido ou o teor dos depoimentos. No entanto, garantiu estar mesmo perto de esclarecer o crime que abalou a região.