Amamentar em locais de uso coletivo, sejam eles públicos ou privados, agora é um direito garantido por lei às mães de todo o território mineiro. A decisão, publicada na edição de ontem do Diário Oficial de Minas Gerais, prevê multa para quem proibir ou constranger essas mulheres.
Em Belo Horizonte, uma outra norma já está em vigor desde julho deste ano, quando o prefeito Marcio Lacerda determinou punições para quem deixar as lactantes constrangidas. Na capital, a multa varia de R$ 500 a R$ 1 mil. Já a lei do Estado prevê penalidade de R$ 903,27, que pode dobrar em caso de reincidência.
Para a ginecologista e obstetra Larissa Volpini, de 29 anos, o ideal seria que as pessoas tivessem bom senso e não incomodassem as mulheres quando elas estão amamentando. No entanto, a médica considera lei é um avanço porque, segundo ela, irá incentivar o aleitamento materno e dá à mulher o direito de escolher quando e onde alimentar o filho. A obstetra conta que amamenta o filho Miguel em qualquer lugar e que nunca teve problemas.
“Inclusive, como eu já voltei a trabalhar e meu filho só tem seis meses, ele vai até o hospital para que eu possa amamentá-lo. É um direito e é importante também”, diz.
O aleitamento, além de ser essencial para a saúde do bebê, ajuda na criação do vínculo com a mãe, explica Larissa. “Amamentar é muito importante para a saúde física e mental dos dois”, afirma.