Dados de BH

Mães que têm parto normal ou natural amamentam com mais facilidade, afirma estudo da UFMG

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
21/06/2023 às 16:04.
Atualizado em 21/06/2023 às 18:07
 (Pixabay/Divulgação)

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Estudo de mestrado realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que mulheres que tiveram filho(s) de parto normal ou natural têm mais facilidade no processo de amamentação. 

O trabalho, desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ciências Fonoaudiológicas da Faculdade de Medicina, constatou que, no caso das mães que não relataram dificuldades, 73,6% tiveram parto normal ou natural, e 25,6% tiveram filho via cesariana. As dificuldades relatadas são mais comuns nas primeiras horas após o nascimento.

A coleta dos dados foi feita com base em questionário aplicado no Ambulatório de Amamentação do Centro de Saúde Vila Maria, em Belo Horizonte. Foram analisados prontuários de 269 puérperas, de agosto de 2019 a julho de 2022.

Dinâmica

As participantes foram separadas em dois grupos, e os pesquisadores observaram uma associação entre via de parto e dificuldades. No grupo das mães que relataram dificuldades, 35,6% tiveram parto normal, e 20,4%, parto natural, enquanto 41% tiveram seus filhos por meio de cesáreas.

No outro grupo, entre as puérperas que não relataram dificuldades, 40,3% tiveram filho em parto normal, 33,3%, em parto natural, e 25,6%, em cesárea.

“Pelas consequências do próprio ato cirúrgico, a mãe que se submete a cesariana tem mais dificuldades para posicionar o bebê e, consequentemente, para amamentar na primeira hora de vida”, explica a pesquisadora responsável pelo estudo, Carine Vieira Bicalho.

Também foram encontradas relações entre a cesariana e a descida tardia do leite. O estudo também revelou que a fase mais difícil de amamentação para as mães é o puerpério imediato, que vai do primeiro ao décimo dia após o parto.

As queixas mais comuns foram dor ao amamentar e problemas nas mamas. No puerpério tardio, entre o 11º ao 45º dia, observou-se tendência de as mães não relatarem queixas no aleitamento nem dificuldade para a criança ganhar peso.

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