Principal pauta é a defesa da reparação integral às vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho
Protesto começa às 8h e vai até 18h, nesta sexta-feira, em Belo Horizonte (Divulgação/ MAB)
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizará nesta sexta-feira (11) uma manifestação em Belo Horizonte. O protesto, que se soma a mais de 60 atos já realizados em frente a instituições de justiça, tem como pauta central a defesa da reparação integral às vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. A mobilização está programada para ocorrer das 8h às 18h.
Denúncias de cortes de verbas e erros técnicos
Entre as principais denúncias levantadas pelo MAB está o corte de quase R$ 40 milhões na complementação do orçamento destinado às Assessorias Técnicas Independentes (ATIs). Essas assessorias são cruciais para garantir a participação qualificada das comunidades atingidas na execução dos projetos de reparação.
Segundo o movimento, o corte foi baseado em um estudo da Coordenação Metodológica Finalística (CAMF) que, de acordo com o MAB, apresenta "erros técnicos e foi construído sem diálogo com as comunidades". O MAB reivindica a reversão imediata desse corte, sugerindo a utilização de recursos previstos para estruturas de apoio no acordo judicial com a Vale ou outras verbas que não sejam destinadas diretamente à reparação dos atingidos e do meio ambiente.
Auxílio emergencial e Anexo I.1 em pauta
Outra questão levantada pelo grupo é a forma como as Instituições de Justiça têm conduzido o Anexo I.1, documento que define os recursos destinados às comunidades atingidas.
O pagamento do auxílio emergencial também estará no centro das reivindicações. A decisão de primeira instância que determinava o depósito do valor pela Vale foi suspensa, e o MAB agora busca uma resposta do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
"Esse ato do dia 11 de julho é muito importante para nós, atingidos da Bacia do Paraopeba, pois são muitas reivindicações importantes. Uma delas é a questão do novo auxílio, que mexe com nossa questão financeira. Nós, atingidos, estamos com o financeiro muito abalado. Mesmo depois de 6 anos do crime, ainda não conseguimos retomar nossas vidas, nossas atividades e por isso pedimos que a justiça olhe para esse ponto e ajude a garantir a sobrevivência dos atingidos", afirmou Tatiana Rodrigues, atingida da cidade de São Joaquim de Bicas, ressaltando a urgência das demandas.
Belo Horizonte
8h– Café da manhã no INCRA (entrada pela Rua Cambuí, 116 – Bairro Cruzeiro)
9h– Assembleia dos Atingidos: “Por que lutamos e seguimos resistindo – 6 anos do crime”
10h – Marcha até o TJMG (Av. Afonso Pena, 4001)
10h30 – Reunião com Presidência do TJMG e relatora juíza convocada Maria Dolores; Protocolo da pauta e Ato pelo Auxílio Emergencial na porta do TJMG
12h– Retorno ao INCRA
12h30 – Almoço
13h30 – Marcha até o MPF (Av. Brasil, 1877 – Funcionários)
14h15 – Ato pelo Anexo I.1 sem boicote e reunião com Instituições de Justiça (a confirmar)
16h– Reunião com o juiz Murilo Silvio de Abreu no TJMG (Av. Raja Gabaglia)
18h– Retorno dos atingidos às suas regiões
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