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Quarenta e nove mil estudantes de 6 a 10 anos da rede estadual poderão retornar às salas de aulas a partir do dia 21 em Minas. As atividades presenciais foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça (TJMG) ontem, após análise do protocolo sanitário adotado pelo governo.
Inicialmente, o aval é apenas para 279 colégios de municípios incluídos nas ondas Verde e Amarela do Minas Consciente. A decisão não vale em BH, que nunca adotou o plano do Estado.
As unidades de ensino iniciam os trabalhos na próxima segunda-feira, com o retorno dos profissionais da educação. Uma semana depois é que os alunos poderão frequentar os espaços. O regime remoto será mantido para os casos em que os pais optarem por não liberar os filhos.
A retomada será gradual e facultativa, começando com as turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. A divisão das turmas ainda será elaborada conforme a capacidade de cada escola, mas os estudantes terão aula semana sim, semana não.
Segundo a SEE, haverá distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os estudantes, com alternância de atividades presenciais e remotas. A cada 14 dias serão avaliados os indicadores epidemiológicos para que seja programado um novo avanço. Após o grupo atual, a previsão é de que seja realizado o retorno do 3° ano do ensino médio, seguido pelo 9° ano do fundamental.
Sobre Belo Horizonte, a secretária de Estado de Educação, Júlia Sant’anna informou que a equipe técnica da secretaria estadual está em contato com a prefeitura e possíveis adequações serão debatidas, em entrevista ao G1.
Em BH, 56 mil trabalhadores da educação foram imunizados contra o coronavírus. A exemplo da capital mineira, Contagem e Betim, na região metropolitana, também iniciaram a aplicação nesse público-alvo nesta semana.
Outro lado
A decisão da Justiça, porém, não agradou o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindi-UTE).
O sindicato afirmou que vai recorrer da autorização de volta às aulas. “Não altera em nada a continuidade do processo de fiscalização e acompanhamento do cumprimento das medidas sanitárias pela Secretaria de Educação”, disse a entidade, em nota.