Mais comum nas amostras analisadas, casos da variante Delta crescem 740% em Minas

Luiz Augusto Barros
@luizaugbarros
27/08/2021 às 07:51.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:46
Estudos sobre a subvariante BQ.1 são feitas pelo professor Renan Pedra, do Observatório de Vigilância Genômica de Minas (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Estudos sobre a subvariante BQ.1 são feitas pelo professor Renan Pedra, do Observatório de Vigilância Genômica de Minas (Fernando Michel/Hoje em Dia)

Em menos de uma semana, o número de casos da variante Delta do coronavírus cresceu mais de oito vezes em Minas. Pelo menos 101 confirmações da mutação já foram identificadas, sendo que dois pacientes evoluíram para óbitos. Com a explosão de infecções, a cepa já é a mais comum nos estudos genômicos realizados no Estado. 

Nas 200 amostras analisadas semanalmente, a incidência vem crescendo, ultrapassando a variante Gama, de Manaus. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, a tendência é que nas próximas semanas os números aumentem ainda mais. “Parte delas classificamos como prováveis, mas agora já consideramos Delta”, disse o titular da pasta. 

Conforme o gestor, a distribuição da variante se destaca nas regiões Central, principalmente em Belo Horizonte; Noroeste, pela proximidade com o Distrito Federal e Brasília; e Sudeste e Leste do Sul, perto do Rio de Janeiro. 

Até sexta-feira da semana passada, 12 pacientes haviam sido diagnosticados com a variação indiana do vírus, conforme a Secretaria de Estado de Saúde

Com o aumento de casos, os cuidados devem ser reforçados: uso de máscara, distanciamento social, higiene das mãos e vacinação.

Terceira dose

Em meio ao alerta, há uma expectativa de maior proteção da população. O Estado espera concluir a vacinação da população adulta, atingindo a imunidade de rebanho, em outubro. Neste momento, apenas 34% dos moradores receberam as duas aplicações ou a dose única da Janssen.

“Quando pensamos em imunização completa, temos que somar dois meses. Se o último adulto tomar a vacina no final de agosto, a expectativa é que no final de outubro a gente atinja todos os adultos com duas doses”, disse Baccheretti.

Segundo ele, a terceira dose começa a ser disponibilizada a partir da segunda quinzena de setembro, a começar pelos idosos e imunossuprimidos – pessoas com alguma deficiência no sistema imunológico. Preferencialmente, será administrada a Pfizer, já que esse grupo foi protegido inicialmente com a CoronaVac – estudos indicam que a nova injeção deve ser feita com uma vacina diferente.

Ao mesmo tempo, adolescentes de 12 a 17 anos devem ser vacinados com o produto da BioNTech no mês que vem. Os jovens com comorbidades receberão prioridade na fila. Segundo o secretário, haverá disponibilidade de unidades tanto para as novas fases da campanha quanto para quem ainda precisa tomar a segunda dose.

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