Mais de 1.400 candidatos do concurso para professor em Minas terão que refazer as provas
(Reprodução/Internet)
As provas para o concurso de professores e orientadores da Secretaria de Educação de Minas Gerais serão reaplicadas em três cidades mineiras, após constatadas irregularidades no exame realizado no dia 8 de abril. A Ouvidoria do Ministério Público de Minas Gerais chegou a registrar, em apenas dois dias, cerca de 400 reclamações de candidatos, como provas começando em horários diferentes, candidatos com celular, provas faltando, provas xerocadas e envelopes que chegaram nas salas abertos.
No Norte de Minas, os testes serão repetidos para os cargos de professor de Matemática, na cidade de Montes Claros, e de professor de Artes, em Pirapora. Já no Sul, em Varginha, serão refeitos os testes para candidatos às vagas de professores de Matemática e de Física. "Para garantia dos princípios da isonomia e da igualdade de oportunidades na realização do certame, todos os candidatos inscritos para o concurso nessas regionais, nas respectivas disciplinas, num total de 1.493, serão convocados a prestar exame nas novas provas", esclareceu a SEE-MG por meio de nota. O novo exame será realizado no dia 29 de abril.
Quanto aos demais cargos, a Fundação Mariana Resende Costa (Fumarc), responsável pela realização do concurso, informa que "a partir da análise pormenorizada das Atas de Ocorrências e das Atas de Sala de cada uma das unidades em que foram aplicadas as provas, a Fumarc reitera que as ocorrências detectadas durante a aplicação das provas não prejudicaram o certame". Dessa forma, as etapas seguem o curso normal, conforme estabelece o Edital.
Ao todo, o concurso teve mais de 178 mil candidatos, concorrendo a 16 mil vagas para Professor de Educação Básica e 700 para Especialista em Educação Básica.
Problemas
Os problemas relatados pelos candidatos foram incluídos em um relatório enviado à Secretaria de Educação de Minas Gerais, que teve acesso ainda às atas dos fiscais de provas. Conforme a SEE-MG, foram constatadas ocorrências que ferem frontalmente o edital, "tais como: não utilizar o envelope de segurança fornecido pela FUMARC; manusear o celular durante a prova, mesmo que desligado; portar o celular ao se dirigir ao banheiro, dentre outras. Essas situações são expressamente vedadas no edital e ensejam a eliminação do candidato".
Sobre os demais incidentes, como os candidatos que fotografaram a própria prova por exemplo, a SEE e a Fumarc informaram que irão encaminhar pedido às autoridades policiais para instauração de inquérito criminal e apuração de responsabilidades. "Os candidatos que infringiram o edital serão eliminados", esclareceram. A SEE e a Fumarc avaliam porém que essas ocorrências não configuraram quebra de sigilo do certame e, nesse sentido, não dão base a nenhuma ação de anulação.
Fonte: SEE-MG