Cadernos, lápis, borracha. O roubo de material escolar na loja de departamentos, no centro de BH, chamou a atenção de policiais militares e funcionários do Centro Intergrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH), no Barro Preto, onde foram registradas mais de 20 ocorrências policiais até as 15h30 deste sábado (9) na capital. Todos envolvendo menores de idade. À espera do juiz de plantão da Vara de Infância na capital, uma moça de 17 anos mostra muita agitação. Ela foi apreendida por volta das 14h, no estabelecimento localizado na rua São Paulo, de posse desses materiais e em companhia de outra menina de 10 anos, que ela disse ser sua prima. De acordo com o relato feito à PM, a menor iria revender o produto do furto, mas a menina de 10 anos não teria envolvimento na ação criminosa. "Roubo na loja é toda hora, todo dia. A gente pega a pessoa e ela volta depois", disse o funcionário, Rafael Rodrigues, que flagrou o ato cometido pela menor e chamou a polícia. "Só na Páscoa do ano passado, o prejuízo com roubos e furtos na loja foi de R$ 10 mil", afirma. O sargento Rodrigo, que atendeu ao chamado, informou que a menor não tem registro em ocorrência policial anterior. "Ela deve ser liberada, depois de devolver as mercadorias", afirmou. A menor mora no bairro Jardim América, zona Oeste da capital, em companhia do filho de 1 ano. Ela não tem pai e a mãe reside em São João del Rei, no Campo das Vertentes. A menor disse à PM que não trabalha, não tem renda e que foi abandonada com o filho pelo namorado. "A vida dela não tem caminho. Ela xinga e é muito agressiva. Disse que não é usuária de droga, mas se continuar nesse ritmo acaba no crime ou na prostituição", emenda o militar.