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Mais de 40 unidades da 'droga zumbi' são apreendidas por dia nos presídios mineiros

Pelo menos 13 detentos morreram em dois presídios da Grande BH com suspeita de overdose após consumir a "K"

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
13/04/2024 às 14:42.
Atualizado em 13/04/2024 às 14:42
Droga sintética é colocada em um papel e levada às cadeias escondida pelos visitantes (Reprodução TV Globo)

Droga sintética é colocada em um papel e levada às cadeias escondida pelos visitantes (Reprodução TV Globo)

Quarenta e uma unidades do entorpecente K, chamado como "droga zumbi", são encontradas por dia nos presídios de Minas. De janeiro de 2023 a março deste ano foram 18.656 apreensões. Apesar do número, as forças de segurança admitem a dificuldade  na identificação da substância ilícita, que pode ser diluída em pedações de papel.

O dado foi informado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O uso da droga nas penintenciárias mineiras desafia as autoridades. Conforme o Hoje em Dia mostrou, pelo menos 13 detentos morreram em dois presídios da Grande BH com suspeita de overdose após consumir a "K".

O nome "droga zumbi" se deve ao fato de que o entorpecente causa efeitos graves, chegando a resultar em alterações mentais. Dentre elas, paranóia e alucinações. O usuário também apresenta severas contrações musculares, convulsões e complicações que podem levar à morte.

A substância é colocada em um papel e levada às cadeias escondida no corpo de visitantes. "É uma droga tratada no exterior como zumbi porque paralisa o sistema central das pessoas. Para nós, ela é muito grave, pois altera o ambiente carcerário, deixa os presos agressivos. E os que passam mal acabam nos forçando a montar uma logística de escolta que desfalca os quadros nas unidades prisionais", disse Jean Otoni, presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais (Sindppen-MG).

Por nota, a Sejusp informou que a tentativa de entrada de substâncias ilícitas nas unidades prisionais, incluindo a K4, é coibida diariamente por meio da atuação de policiais penais, por meio de ações ostensivas no entorno das unidades, trabalho de inteligência e atuação durante o recebimento de itens enviados por familiares. 

A pasta diz que os presídios contam com equipamentos de segurança capazes de auxiliar nos trabalhos, como raio-x, bodyscan e drones.  "São realizadas operações de revista em todas as unidades como procedimento padrão para coibir a permanência destes materiais dentro dos presídios e penitenciárias. Todas as apreensões são, por força de lei, levadas para a Polícia Civil, responsável pelas investigações criminais", informou a Sejusp.

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