Mais de 90% dos moradores de rua de BH preferem viver no espaço urbano

Gabriela Sales - Hoje em Dia
26/02/2015 às 07:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:09
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

Apenas 7% dos moradores de rua de Belo Horizonte atendidos pelos serviços sociais oferecidos pela prefeitura conseguem a ressociali-zação. Das 1.517 pessoas acolhidas pelos programas municipais, só 113 deram sequência ao tratamento contra as drogas, retornaram à cidade de origem, ao convívio familiar, dentre outras ações assistenciais. O número corresponde ao atendimento prestado apenas na Regional Centro-Sul, local considerado pelo prefeito Marcio Lacerda de maior preocupação. 

na última quarta-feira (25), ele cobrou mais empenho das nove regionais na retirada dos pertences desses moradores dos logradouros. “Elas não estão agindo na velocidade necessária, mas tudo isso precisa de planejamento”.

Dados do censo divulgado em 2014 pela prefeitura estimam 2 mil pessoas vivendo em situação de rua na capital. “Temos condições de ressocializá-las através de políticas sociais”, ressaltou o prefeito.

Apesar da cobrança, Lacerda reconhece a resistência dos próprios moradores em deixar as ruas. “Grande parte não se submete a regras. Por isso, pedimos ao cidadão de bem que não ajudem com objetos que possam virar abrigos, comida e dinheiro. Eles precisam depender da assistência da prefeitura para que façamos o resgate”, disse.

Hoje, a capital possui cerca de 900 vagas em abrigos e albergues. A coordenadora do Comitê de População de Rua da Secretaria Municipal de Política Social, Soraya Romina, enfatizou que desde o fim de 2014 são feitas ações conjuntas visando os moradores de rua.
 

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