de braços cruzados

Mais um dia sem metrô e ônibus cheios; grevistas de várias categorias mantêm greves em assembleias

Clara Mariz
@clara_mariz
06/04/2022 às 21:38.
Atualizado em 06/04/2022 às 21:46
 (Reprodução Whatsapp)

(Reprodução Whatsapp)

Os mais de 70 mil moradores de Belo Horizonte que dependem do metrô para se deslocar pela cidade vão continuar sem o serviço nos horários de pico. Nesta quarta-feira (6), os metroviários decidiram dar continuidade ao movimento grevista, que completou 16 dias. Desde o início da paralisação, os profissionais trabalham em escala reduzida, apenas das 10h às 17h.

De acordo com o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais, a paralisação parcial das atividades deve seguir até que o governo federal esteja disposto a apresentar uma alternativa aos empregados em caso de privatização da CBTU. Os profissionais ainda se queixam da falta de respostas da companhia nas atuais negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Os professores estaduais também se reuniram em assembleia nesta quarta-feira e decidiram pela manutenção da greve. A mobilização da categoria dura 29 dias e, segundo a avaliação da categoria, o movimento atinge 85% da Rede Estadual de Educação. A Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) contestou e afirmou que o balanço apurado nesta terça-feira (5) apontou que cerca de 84% das escolas públicas estaduais tiveram funcionamento normal ou parcial em todo o estado. 

Além do metrô e dos professores da educação de Minas Gerais, os educadores de Belo Horizonte e os agentes de Segurança Pública do Estado também estão com atividades paralisadas. 

Escolas Municipais 

Na manhã desta quarta-feira (6), os professores municipais da capital mineira decidiram manter a greve. A categoria considerou “insuficiente” a proposta apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte, na reunião dessa terça-feira (5). 

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Rede Pública Municipal (Sind-REDE), o acordo entregue pela PBH mantém o reenquadramento dos professores que ainda estejam entre os níveis 3, 7 e 8 e elimina os que estão em níveis abaixo do piso. Após a assembleia, os trabalhadores realizaram um ato público até a porta da PBH.

Segurança Pública 

Os servidores da segurança pública permanecem em greve por tempo indeterminado em Minas. A categoria decidiu que não fará manifestações de rua pelo Estado, já que a proposta de reajuste salarial foi aprovada pela Assembleia Legislativa. Agora, os agentes esperam a resposta dos deputados aos vetos do governador Romeu Zema (Novo). Até que o impasse seja resolvido, policiais civis e militares, investigadores, bombeiros militares e agentes penitenciários continuam atuando dentro da “estrita legalidade”.

Para os servidores da segurança pública os deputados aprovaram um reajuste de 14% a ser somado aos 10,06% propostos originalmente. Também  foi aprovado o pagamento de auxílio social, em três parcelas anuais, cada qual correspondente a 40% da remuneração básica do soldado de 1ª classe, a serem quitadas nos meses de maio, agosto e novembro, para ativos e inativos.

Além disso, foi aprovada alteração na lei que estende o auxílio fardamento a outras categorias da segurança pública. A alteração é no sentido de incluir, entre os destinatários do benefício, ocupantes, na área da Defesa Social, dos cargos de médico, auxiliar executivo, assistente executivo e analista executivo.

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