"Maníaco do Dona Clara" é levado ao IML para exames e é preso novamente

Milson Veloso - Hoje em Dia
30/10/2013 às 13:35.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:46
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

O auxiliar administrativo Marcel Barbosa dos Santos, de 30 anos - conhecido como "Maníaco do Dona Clara" - foi levado, no começo da tarde desta quarta-feira (30), ao Instituto Médico-Legal (IML), em BH, após ter sido liberado pela Polícia Civil por falta de flagrante. O homem é suspeito de atacar adolescentes na região da Pampulha e tinha sido preso na terça-feira (29).

De acordo com a Polícia Militar (PM), ele passa por exame de corpo delito e, em seguida, seria liberado, pois a Justiça não teria expedido o mandado de prisão a tempo. A namorada e um familiar do suspeito o acompanham no IML. Contudo, posteriormente, a Polícia Civil, informou que Marcel será conduzido à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), onde será preso.

O homem foi reconhecido por diversas vítimas como responsável pela série de ataques sexuais. Após a prisão, ao menos 25 pessoas, a maioria jovens com 16 ou 17 anos, além de uma garota de 12, identificaram Marcel como sendo o responsável pelas agressões. Apesar de ter negado inicialmente, ele acabou confessando que cometia o crime desde setembro do ano deste ano.

Os crimes*

As abordagens ocorriam pela manhã, quase sempre quando as jovens caminhavam para as escolas onde estudam. Além do Dona Clara, a Polícia Militar (PM) também recebeu denúncias de ataques nos bairros Santa Rosa, São Luiz, Ouro Preto e Jaraguá, todos na mesma região. Foi neste último, segundo o capitão Waldormiro Almeida, do 13º Batalhão da PM mineira, que o suspeito foi preso depois de a polícia conseguir identificar a moto que ele usava nos ataques.

De acordo com o oficial, após ser detido em um imóvel onde morava de favor com a mãe, Marcel, que é natural de São Paulo e vive há cerca de 20 anos na capital mineira, a princípio negou os crimes.

"Depois, ele começou a chorar e confessou tudo. Disse que não era um monstro e que havia surtado porque quando era criança foi molestado por um primo", contou o militar. Segundo o capitão, o suspeito assumiu ter feito cerca de 40 ataques, quase todos contra estudantes a caminho da escola.

A última abordagem ocorreu na segunda-feira (28), e teve como vítima uma garota de 17 anos. Em todos os casos, o criminoso abusava das adolescentes, mas não há registro de que ele tenha consumado a penetração em algum caso. Mesmo assim, desde 2009, a legislação brasileira define como estupro qualquer "ato libidinoso" praticado mediante violência ou grave ameaça, com pena de seis a dez anos de prisão, agravada no caso de o crime ser cometido contra menores. (*Com Agência Estado)

*Atualizado às 14h50

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