Terminou em tumulto uma manifestação na porta da UFMG feita por estudantes contrários à aprovação da PEC 241/55, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Segundo testemunhas que acompanham o protesto, alunos que estavam na avenida Antônio Carlos teriam sido alvo de policiais durante o ato. A Polícia Militar informou apenas que foi enviado apoio do Batalhão de Choque para acompanhar o protesto.
No entando, conforme um aluno do curso de ciências sociais, que pediu para não ser identificado, a polícia utilizou violência para dispersar os alunos. "Quatro ou cinco policiais começaram a jogar bombas enquanto a gente liberava as pistas. Todo mundo entrou para a UFMG e, mesmo assim, eles avançaram atirando balas de borracha", contou. Além disso, segundo o estudante, algumas pessoas ficaram feridas e foram socorridas e encaminhadas para hospitais.
Durante toda manhã desta sexta-feira (18), pelo menos quatro pontos de Belo Horizonte ficaram com tráfego complicado por causa de manifestações. Segundo a BHTrans, os protestos foram realizados nas Regiões Centro-Sul, Oeste, Venda Nova e Pampulha.
Um dos atos teve início na avenida Amazonas com rua São Paulo, no centro da cidade. Em seguida o grupo se deslocou para a Praça da Estação. Outro ponto foi a avenida Amazonas, perto do Cefet. Estudantes fecharam os dois sentidos da avenida de forma alternada. Na avenida Vilarinho, o grupo fechou totalmente a via e a retenção passou da Estação Venda Nova, no sentido bairro/centro.
E na avenida presidente Carlos Luz, o protesto causou reflexos no trânsito nas ruas internas dos bairros Bandeirantes e Ouro Preto. Foi necessário realizar mudança de circulação no local. E a PM precisou ser acionada para ajudar no desvio do trânsito.
Na avenida Antônio Carlos, a PM liberou a passagem de veículos pela pista do Move por causa do grande congestionamento.
Posicionamento UFMG
Na tarde desta sexta-feira (18), a UFMG divulgou nota se posicionamendo contra a ação da Polícia Militar na manifestação. “leal à sua história de compromisso com a sociedade, a UFMG reitera, nos termos da nota do Conselho Universitário, de 17 de novembro de 2016, o reconhecimento ao livre direito de manifestação e o repúdio a violações de direitos humanos e a quaisquer atos de violência contra membros da comunidade universitária e da sociedade”.
O próprio reitor da univesidade
Veja vídeo do momento do confronto: