(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)
Apesar da promessa de uma grande mobilização em prol de um protesto contra a Copa do Mundo, a adesão ao movimento, realizado neste sábado (28) no Centro de Belo Horizonte, foi baixa. Pouco mais de cem pessoas de diferentes grupos, segundo a PM, fecharam a avenida Afonso Pena, que acabou virando palco de manifestações culturais. Não houve confronto. No início da tarde, logo ao fim do primeiro tempo do jogo entre Brasil e Chile, o grupo já havia se desmobilizado. Para os organizadores do protesto, o esvaziamento se deu em função da postura adotada pela Polícia Militar. “As pessoas acabaram ficando com medo da repressão policial”, explicou Isabella Miranda, integrante do Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (Copac). Outro ponto que pode ter contribuído para a baixa adesão foi a derrubada da liminar usada pelos organizadores do movimento para impedir a forma de ação da PM. A corporação vem adotando a tática do “envelopamento”, que impede a dispersão do protesto e possíveis casos de vandalismo. Como aconteceu nos outros protestos realizados em BH, os policiais ficaram perfilados nas vias, e todas as pessoas que entravam ou saíam do cerco eram revistadas. “Apesar dessa atitude, que consideramos arbitrária, foi um ato que obteve êxito porque cumprimos o nosso propósito, que é denunciar o atual estado de exceção”, avaliou Amanda Medeiros, também integrante do Copac. Os movimentos já avaliam a possibilidade da realizar um novo protesto no próximo jogo da Copa na capital, em 8 de julho.