Marcar exame especial pelo Ipsemg se torna desafio para servidores

Carlos Calaes - Do Hoje em Dia
04/01/2013 às 07:30.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:16
 (RICARDO BASTOS)

(RICARDO BASTOS)

Cotas para atendimento de servidores e seus dependentes, impostas pelo orçamento enxuto, estariam restringindo e mesmo adiando os exames em clínicas especializadas que mantêm convênio com o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), em Belo Horizonte.

A dificuldade, confirmada por ex-funcionário de uma empresa terceirizada que atende usuários do Ipsemg, vem sendo vivida por uma mãe e seu filho de 19 anos. Desde quinta-feira da semana passada, Márcia Cardoso Pereira, de 49 anos, funcionária terceirizada da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), percorre clínicas conveniadas ao Ipsemg na tentativa de realizar uma ressonância magnética no filho, que sofreu um acidente de moto e rompeu um dos tendões.

Aos prantos, ela conta que Pablo Otávio Henrique Pereira recebeu atendimento médico no dia 27, mas foi dispensado para aguardar em casa a cirurgia. “O problema é que o médico afirmou que só poderá operá-lo com esse exame nas mãos. Do contrário, o tendão ficará atrofiado”.

A mulher afirma que, desde que recebeu o pedido do médico, passou por cinco clínicas conveniadas, mas todas alegaram que não há mais cota para realizar esse tipo de exame. Ontem, ela chegou a ficar aliviada ao chegar à sexta clínica, mas recebeu a notícia de que o equipamento estava quebrado.

A assessoria de imprensa do Ipsemg negou a existência de cotas e informou que o pedido de ressonância magnética deve ser solicitado com antecedência, para preparar os equipamentos. Em nenhum convênio médico, informa o instituto, o paciente conseguiria realizar a ressonância de um dia para o outro. Ainda segundo a assessoria, se o paciente tivesse feito a solicitação do exame ontem, a ressonância ocorreria somente no dia 16.

“Acontece muito de essas unidades não terem mais cotas, elas sempre estão esgotadas. Então, o paciente aguarda o mês seguinte para fazer o exame ou paga uma clínica particular”, revela o ex-funcionário da empresa terceirizada.

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