Médica diz que foi obrigada a participar dos crimes e pede desculpas por omissão

Hoje em Dia
31/03/2015 às 14:14.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:27
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Arquivo)

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Arquivo)

A médica Gabriela Corrêa Ferreira da Costa, 31 anos, acusada pelos crimes de homicídio qualificado, cárcere privado, extorsão, ocultação de cadáver e formação de quadrilha está sendo julgada nesta terça (31) no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte.    Durante interrogatório, iniciado às 10h48, a médica disse que sua participação no crime foi realizar saques nas contas das vítimas, mas que foi obrigada a fazê-lo. Atualmente vivendo em Niterói, no Rio de Janeiro, Gabriela afirmou ainda que era o tempo todo vigiada e seguida por integrantes da quadrilha acusada de matar e degolar empresários no Sion. Ela disse ainda que não procurou a polícia porque Frederico Costa Flores Carvalho, apontado como o líder do grupo, a fez acreditar que era influente e intocável.   À promotoria a médica destacou ainda que embora soubesse do sequestro, não participou de nenhum dos crimes dos quais é acusada. Ela reconheceu que realmente viu uma das vítimas amarrada e pediu desculpa por ter ocultado a informação. Ela também negou ter envolvimento íntimo com o Frederico.

Às 11h55, a defesa deu início às perguntas. A médica afirmou que foi chamada a assistir agressão para constatar a ameaça de como o mandante tratava sócio que o traía. Segundo a ré, Frederico teria dito à ela coisas como "sua alma é minha" e "vou ter um filho por inseminação com você". O interrogatório foi encerrado às 12h30 e os debates recomeçam às 13h30. Testemunhas   Horas antes de ouvir o depoimento de Gabriela, o juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes deu a palavra a uma das três testemunhas de defesa. O homem foi sócio de Frederico e afirmou que foi agredido com tapas quando terminou a sociedade que tinha de uma empresa de comunicação.   A segunda testemunha de defesa, funcionária do presídio de Ribeirão das Neves, disse que conheceu Gabriela quando ainda era diretora de atendimento e ressocialização do presídio de São Joaquim de Bicas. Segundo ela, depois que foi liberada, a médica voltou ao presídio para trabalhar como voluntária, ajudando no atendimento médico aos presos. A promotoria dispensou a testemunha de acusação.

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