Suspeito foi localizado na residência investigada e detido (Polícia Civil/Divulgação)
Um dos médicos da clínica particular investigada após a morte da engenheira Júlia Moraes Ferro também é alvo de um inquérito policial que apura suposto caso de assédio sexual e moral. A queixa foi feita em 2021 por uma ex-funcionária do estabelecimento.
A defesa da clínica e do médico acusado informou que, até o momento, não tem conhecimento de qualquer investigação feita pela Polícia e que, caso "realmente exista', aguarda a notificação oficial. Ainda conforme a clínica, médicos e advogados negam "veementemente a ocorrência de qualquer situação de assédio sexual".
Segundo a ex-funcionária, que pediu para não ser identificada, e que registrou o boletim de ocorrência contra o ex-patrão, os supostos crimes aconteceram durante um mês, e só pararam quando ela se demitiu.
Ao Hoje em Dia, a ex-funcionária explicou que os casos de assédio moral eram frequentes e que todas as funcionárias também seriam vítimas. A jovem afirmou ainda que não tem conhecimento de outros casos de assédio sexual, além do que aconteceu com ela. "Os episódios aconteciam de várias formas, eles (os médicos que atuam na clínica) gritavam, xingavam e destratavam todas as funcionárias. Comigo o assédio sexual começou depois que passei a ser assistente de um deles, ele encostava em mim e usava palavras chulas. Eu consegui sair de lá, fazer um boletim de ocorrência e tudo acabou quando fui embora", disse.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação e as diligências sobre a queixa de abuso sexual tramitam na Delegacia Especializada em Investigação à Violência Sexual e que "outras informações serão repassadas após a conclusão das investigações para não prejudicar o andamento do feito".
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