Médicos contra atuação de profissionais estrangeiros fazem protesto na área hospitalar de BH

Hoje em Dia
03/07/2013 às 12:15.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:43

A partir das 16 horas desta quarta-feira (3), médicos farão uma passeata na região hospitalar de Belo Horizonte. De acordo com a categoria o objetivo do manifesto é demonstrar a insatisfação dos profissionais com a proposta de validar o exercício da profissão para médicos do exterior, sem a revalidação do diploma dos estrangeiros.    Os protestantes farão uma concentração na sede do Conselho Regional de Medicina, localizado na avenida Afonso Pena, 1.500 e, em seguida, irão em passeata para a região hospitalar. O objetivo é fechar o encontro na porta da Associação de Médicos de Minas Gerais (AMMG), na avenida João Pinheiro, 161, Centro. No local, haverá uma assembleia às 19 horas.    O ato de protesto está ocorrendo em todo o país e, na capital mineira, terá a participação da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais  (CRM MG) e Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).      A iniciativa integra as ações propostas pelas lideranças médicas nacionais - Associação Medica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e estaduais.   Em carta aberta, as entidades divulgaram a importância da mobilização como “reação das entidades médicas que simboliza a resistência dos profissionais e dos cidadãos ao estado de total abandono que afeta a rede pública”.    Confira as medidas defendidas pelos médicos manifestantes:   1)    Mobilização nacional dos médicos e da sociedade no dia 3 de julho (quarta-feira) em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Medicina de qualidade. Estão previstos passeatas, protestos, caminhadas, atos públicos e assembleias em todos os Estados para alertar a população para o problema. Locais e horários serão divulgados pelas entidades estaduais;   2) Apoiar a aprovação urgente da PEC 454 em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê uma carreira de Estado para o médico (semelhante ao que ocorre no Judiciário), único caminho para estimular a interiorização da assistência com a ida e fixação de médicos em áreas de difícil provimento;   3) Incentivar a coleta de 1,5 milhão de assinaturas para tornar viável a apresentação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular Saúde + 10, que prevê mínimo de 10% da receita bruta da União em investimentos na saúde;   4)  Defender a derrubada do Decreto Presidencial 7562, de 15 de dezembro de 2011, que modificou a Comissão Nacional de Residência Médica, tornando-a não representativa e refém dos interesses do Governo, o que sucateou a formação de médicos especialistas no país;   5) Atuar contra a importação de médicos estrangeiros sem revalidação de seus diplomas com critérios claros e rigorosos, conforme a prática mundial e o previsto na legislação vigente. Defendemos o uso do Programa Revalida, do Governo Federal, em seus moldes atuais;    6)  Vistoriar as principais unidades de saúde do país, encaminhando denúncias ao Ministério Público e outros órgãos de fiscalização, revelando a precariedade da infraestrutura de atendimento que afeta pacientes e profissionais.

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