Menino de 10 anos morto após extração de dente não tinha lesão na boca; Polícia investiga hemorragia

Bernardo Estillac
bernardo.leal@hojeemdia.com.br
22/12/2021 às 19:23.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:36
 (Reprodução / Google Street View)

(Reprodução / Google Street View)

Detalhes da investigação sobre a morte de um menino de dez anos após cirurgia de extração de dente foram divulgados pela Polícia Civil de Minas Gerais em entrevista coletiva nesta quarta-feira (22). O fato aconteceu em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na última segunda-feira (20).

A vítima sofreu uma hemorragia intensa após extrair um dente em um consultório odontológico, foi socorrida e levada para uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu e faleceu.

De acordo com a Polícia Civil, logo após a morte da criança, foi realizada uma perícia no consultório odontológico onde ela foi atendida e o corpo do menino foi encaminhado ao IML para realização de um exame de necropsia.

O inquérito e o laudo ainda não foram concluídos, mas a polícia trabalha com algumas hipóteses iniciais. A possibilidade de que o menino seja hemofílico perdeu força a partir da análise de aspectos físicos comuns em portadores da doença. 

No entanto, os investigadores avaliam aspectos que possam atestar que a vítima tinha outros distúrbios de coagulação sanguínea. De acordo com o delegado Felipe Fonseca, o fato de o garoto ter chegado ao IML já praticamente sem sangue, dificulta a realização de exames que comprovem tais condições.

Ainda segundo o delegado responsável, o exame de necropsia não identificou nenhum tipo de lesão ou intervenção que pudessem motivar a hemorragia. 

A investigação segue para averiguar se houve negligência ou falha profissional no atendimento da vítima, desde o consultório odontológico até a UPA. 

A polícia já ouviu alguns familiares e parte da equipe que trabalhava durante o processo de extração dentária da vítima. O restante dos profissionais do consultório, bem como quem trabalhou no resgate, no atendimento na UPA e outros familiares e pessoas próximas ainda vão prestar depoimento.

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