Mesmo com atraso, BH pode ser a única cidade-sede a ter BRT na Copa

Apesar dos atrasos nas obras do BRT (Sistema rápido de transporte por ônibus) e dos erros de projeto nas avenidas Antônio Carlos/Pedro I e Cristiano Machado, além da área central, Belo Horizonte pode ser a única cidade-sede da Copa do Mundo 2014 a ter os corredores de coletivos prontos a tempo para levar os torcedores ao estádio. A afirmação é do diretor técnico da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), André Dantas.
 
“Acredito que o BRT de Belo Horizonte estará funcionando (para a Copa 2014). Parte do sistema de Recife vai estar em operação. Infelizmente, em cidades como Salvador, não existirá. No Rio, a gente tem a perspectiva de que a Transcarioca já esteja funcionando parcialmente”, afirmou.
 
O cronograma está apertado. Atualmente, o prazo para que as obras fiquem prontas em Belo Horizonte é o fim deste ano, com início de operação no primeiro bimestre de 2014. São dois anos de atraso dos trabalhos na avenida Cristiano Machado, cujo limite de conclusão era setembro de 2011, de acordo com previsão feita em 2010, e mais de um ano para a área central e avenida Antônio Carlos, previstas, inicialmente, para serem concluídas em junho e setembro de 2012, respectivamente.
 
Gargalo
 
Ao mesmo tempo, Dantas critica a demora nas obras de infraestrutura dos corredores exclusivos em todo o país, o que pode criar um gargalo nas linhas de produção dos veículos no fim deste ano.
 
Os pedidos dos ônibus ainda não foram encaminhados. “É preciso acelerar o passo. O sucesso da Transoeste, no Rio de Janeiro, demonstra que existe um potencial que a gente tem que explorar. É preciso que isso seja assimilado por todas as cidades, mesmo aquelas que não vão ter eventos”, avalia.
 
A demora em concluir as obras reflete no cronograma das empresas que fornecerão os chassis dos ônibus do BRT, sejam eles articulados ou padrons (iguais aos que rodam nas cidades, mas com portas nos dois lados).
 
Na Feira Transpúblico 2013, realizada em São Paulo na semana passada, os principais fabricantes de ônibus (chassis e carroceria) do país foram unânimes em afirmar que é preciso acelerar as obras e confirmar os pedidos logo.
 
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